Na cadência do samba



O astro rei está nos brindando hoje. Muita luz e calor com seus raios aqui na capital dos gaúchos. E não. Não sai de casa hoje. Tomo meu mate daqui mesmo, protegida em meu lar e ao lado dos meus.
Confesso que ando irritada de andar pela cidade com o caótico transporte público que nos é oferecido. Preparo o primeiro, de uma trilogia de e-mails em que relato as condições da frota, o desrespeito com o cidadão e cliente com os atrasos frequentes e diários das linhas de ônibus e a falta de educação e despreparo de funcionários [cobradores principalmente] que servem nas empresas.
Não dá mais para aguentar essa afronta. Tudo bem que nós dependemos do transporte público, mas pagamos pelo serviço. E não é barato: R$ 2,70 para sermos maltratados nas viagens de lazer, trabalho ou na honraria de outros compromissos. Em Porto Alegre vivemos um descaso total por parte dos órgãos públicos, cujos fiscais não devem estar fazendo o seu trabalho direito. Se não estaríamos menos cansados de andar de ônibus. Certamente...
Então, desse jeito, não há como sair tranquila de casa para passear no parque, degustando um bom chimarrão. A volta, que sempre pode ser esticada para um café ou um vinho no final da tarde, pode se tornar um transtorno. Até mesmo porque aos domingos e feriados, a escala tem intervalos de 20 minutos. E se durante a semana eles já não cumprem a tabela, nesses dias então, muito menos...
Mas vim aqui falar de outro assunto. Estou virada numa pagodeira. Minha amiga Mara fala em roda de samba, eu chamo a Jana e lá vamos nós, o trio parada dura. Na sexta-feira fomos no Samba do Esquenta, que acontece na quadra da Escola de Samba Acadêmicos da Orgia, curtir Nem e a Família Tia Doca. No sábado fizemos um happy hour no pagode do Andaraí. Só faltou hoje, aqui na “esquina do samba”. Mas o corpo velho não aguenta tanto requebro e cerveja.
Isso quer dizer que a trilogia do samba não se cumpriu nesse final de semana. Sugestão da minha mãe, que disse que o encerramento teria que ser aqui no Bar do Ricardo. Mas uma hora a gente tem que voltar para a realidade: tenho um texto de inglês para traduzir e deixar pronto para terça-feira. Um release de um cliente para estruturar e um mailing da área da saúde e esporte para formar. Se deixar tudo para amanhã, que já marquei compromisso social para a tarde, na terça-feira, quanto tiver aula e me reunir com os clientes, não terei o que apresentar. Então, chega de pagodear. Está na hora de outro verbo: trabalhar!

Comentários

Amanda Salvador disse…
você escreve de um jeito tão único! gostoso de ler!

beijos ;)
Amanda

Bom te ver por aqui e com a Bunda Colada no Divã, de novo. Hehehe. A boa filha, a casa torna. Beijocas

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