Meu pai, de ânus em festa


Estou perdida no tempo e para piorar, nunca fui boa de matemática. Mas a idade do meu pai, que está de ânus em festa hoje, eu sei. Essa figura aí de cima, nasceu no dia 11 de setembro de 1935, na cidade gaúcha de Cruz Alta, como a minha mãe e toda a família Barcellos, e parte dos Araújos. Sim, até alguns tios nasceram lá.

Por falar em tio, lembrei de um deles, que era cruzaltense. O que tocava pistão (ou piston, ainda não sei) e que no ano passado, as notas silenciaram aqui na terra, sem nem ao menos eu ter tido a oportunidade de conviver mais um pouco com o Antônio Carlos Pinto de Araújo. Senti sua ausência quando, pela segunda vez consecutiva, não escutei sua melodia no dia 7 de setembro. Ele que fazia questão de homenagear os entes querido com o Feliz Aniversário pelo seu instrumento de sopro. E como bom militar, se trajava bonito e se dirigia à avenida para assistir ao desfile dos compatriotas.

Bom, mas o post é sobre o meu pai: seu José. Dormi nesta quinta feira (10) pensando que não poderia esquecer de telefonar para ele. Acordei hoje pela manhã e a primeira coisa que me veio a mente foi que devia ligar para felicitá-lo. Mas, mal havia ligado o computador, lavado o rosto e os dentes, dito bom dia pra mim mesma e ao Shazan e o celular já tocava. O dia passou e eu ia lembrando de dar “aquele Oi”, até que, há duas horas, quando fechei o turno de trabalho desta sexta feira, 11 de setembro, liguei para ele.

Ouvi sua voz feliz por estar cercado da família, dos amigos e por me ouvir. Queria, naquele momento, ter me transportado rapidamente e abraçado aquele corpo, já comido pela trombose, mas ainda forte. Há quatro dias estava lá e sentia seu abraço carinhoso, ouvia seus votos de felicidade, saúde e sucesso, no lugar que eu escolhesse. Ainda não sei que lugar é esse, mas que dá vontade de voltar, sempre dá, principalmente quando se tem o amor de pai, o amor de mãe. Pensei que hoje era a hora e o dia de retribuir, mas só pude falar o que queria ter demonstrado fisicamente.

Desejei serenidade, harmonia e saúde ao meu bom velhinho. E os clássicos muitos anos de vida ainda. Mas, a gente sabe, que isso talvez não seja mais possível. Então como diz o poeta Vinicius de Moraes em seu Soneto da Felicidade, “que não seja imortal, posto que é chama (e meu pai é chama), mas eterno enquanto dure”. Por que, aqui ou lá, José sabe de cor e salteado que “De tudo ao meu amor serei atento. Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto”.

Comentários

Anônimo disse…
Que meigo...vida longa, paz e amor ao seu paizão....
a anônima sou...heheh Silvia
Ai Pollyana, obrigada. Hehehe. Ele perguntou por ti. Eu disse que tu tava bem. Meu irmão tb perguntou por ti, mas daquele jeito... Hua Hua Hua. Senti uma surpresa triste quando soube que estávamos divorciadas. Hehehe.
Teu irmão é sem verginha igual à vc né??hehehe me passava a connversa cada vez que eu atendia o telefone....esses Barcellos Araújo..hehehe

e tu deve ter trazido o scartezzini inteiro na mala....tenho ceretza que tu mãe tinha razão em negar o espumante....ela sabe das coisas..heheh
jana disse…
ouvi dizer que o teu pai passou uma vergonha com os convidados.
tu não lavou o banheiro direito
kkkkkkkk
é pq apareceu uns maloqueiros lá no prédio, e decidi fazer caridade. he he he. era um casal estranho, num domingo a tarde...

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