Porto Alegre in concert



Vocês já sabem que tenho tido uma forte vontade de voltar para Porto Alegre. Fico ouvindo os prós e contras que se formam em meus pensamentos há tempos. A idéia está em construção, mas na verdade o que falta é coragem.
Hoje em dia já não tenho contras estruturais a idéia de permanecer em Videira. Já estou adaptada a infra-estrutura da cidade - que não vai mudar só porque minhas referências são outras – e os meus pré-requisitos estão sendo atendidos. Ou seja, já me sinto a vontade com o que a cidade oferece e com a cultura dos nativos. Para completar, tenho ampliado meu círculo de amizade com pessoas queridas e sem a menor pretensão ou interesse, além do riso fácil, da harmonia e do bem-estar. Com pessoas que lembram de ti pelo que elas percebem do seu ser. Isso é importante para mim.
Os relacionamentos sociais sempre foram importantes para mim, assim como o trabalho. Isso é o que está pesando agora. Eu sempre faço uma análise pessoal e profissional quando faço aniversário e no ano novo. Até agora não entendo como não prosperei profissionalmente. E não falo só em questões econômicas, mas em aprendizado, em aperfeiçoamento. Sinto-me estagnada. Nem notícias tenho lido para me manter informada. Se estivesse em outro ambiente, isso não aconteceria, porque quem não corre atrás de um currículo atualizado é um profissional defasado. E talvez esteja relaxando porque não esteja me sentindo ameaçada, além do meu próprio senso crítico. Sim, tenho senso crítico e ele só me fode, podem crer!
Por outro lado, quando alguém me cumprimenta pelo meu trabalho, e eles falam da coluna Cor de Rosa e Carvão, eu fico animada. Me dá um up grade e volto a pensar que aqui é o meu lugar e que devo continuar fazendo meu trabalho, buscando me aperfeiçoar para quem me dá valor. Ponto para a situação novamente...
Hoje minha amiga Márcia (adoro ela), que estava trabalhando em Erechim, me deixou um recado dizendo que está de volta a sua casa e que era para eu telefonar. Fiquei feliz porque ela, assim como eu, sempre tivemos aquela idéia de que esses períodos em nossas vidas era passageiro. O dela durou 12 meses e o meu irá completar 36 meses no dia 16 de janeiro de 2009. A única diferença agora é que penso em outras alternativas, como cidades que me parecem ofertar outras oportunidades, mas aqui mesmo, em Santa Catarina.
Vem de novo os prós da situação: novos amigos, verão e incremento na vida social, adaptação física, trabalhos extras e, por conseqüência, aumento no orçamento doméstico. Tudo isso contra um, dos dois grandes pilares do meu ser: minha estabilidade emocional. Aí, até a possibilidade de afogar as mágoas no Rei do Peixe – primeira praia do Litoral Norte gaúcho -, fácil de ir e de chegar (40 minutos e dá para fazer “tibum” na água gélida e salgada) é ponto mais que positivo...
Aí vocês me perguntariam: Isso tudo é motivo? Ou então diriam: Isso é fuga! Cresce e enfrenta a vida. Do outro lado, do meu lado, viria: ...


Comentários

Anônimo disse…
Olá Cor de rosa e carvão, esta cidade é de uma luz, viver ai deve ser um grande prazer. Paz e harmonia para você.

Forte abraço.

CAUROSA - caurosa.wordpress.com

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