Sexta-feira

Dia péssimo. Com pereba no rosto, conseqüência de tensão acumulada de dias... Momentos de mais percepções negativas. De revisão de páginas e mais páginas de jornal, que deveriam ter vindo aos poucos se houvesse mais responsabilidade e até consideração. Dia de lágrimas no meio da tarde, de mau humor e falta de educação com o Sancho, que de forma alguma merecia tal tratamento.

Mas eu não sou de ferro, nunca fui. Uma hora a gente desmorona e olha para os lados e vê que se está sozinha, no meio de um fogo cruzado de emoções diversas, sem ter aonde se amparar. É quando só se vê as perdas e os danos, enquanto as recordações de situações vividas com pessoas amigas e amadas vêm à tona, lembrando que o dia que eu quiser voltar a conviver com gente do bem, eu sei aonde procurar.

Vai ter uma sexta-feira que eu vou criar coragem, deixar de me autoflagelar, vou fazer as malas e voltar para esse mundo. Enquanto isso, me perdoe Sancho Pança (Luiz Augusto) e obrigada Valéria, pelo ombro amigo e fraternal.

Comentários

Anônimo disse…
Cara moça, não sei quem você é, mas pelo que pude perceber nos seus textos, escreve muito bem.
Porém, vejo muita tristesa e melancolia em suas palavras, creio eu que deve-se ao fato de ser de um grande centro.
No entanto, creio que está aqui ganhando a vida, trabalhando em alguma das nossas empresas e ganhando o seu pão de cada dia. Contudo, não se cansa de lamentar a inferioridade das pessoas que aqui vivem.
Por isso, por que a você não resolve o seu problema e abandonma esta "cidadizinha" e volta a sua capital, onde era tão feliz.
Tocando no assunto, por que veio para cá, por desconhecimento das condições de uma cidade do inteior, ou qual outro motivo.
Por isso sugiro que retorne ao seu grande centro e deixe de menospresas as pessoas desta cidade, que deve ter lhe acohido bem e ajudado a pagar as suas contas.
menosprezo? n chego a pensar ou sentir isso. aliás, quando aqui cheguei, realmente fui muito bem recebida, como ainda sou, embora muitos dos que aqui moram tenham manifestado sua opinião, ainda muito mais chocados, surpresos, com argumentos (outros sem nenhum)sobre eu, que vim de Porto Alegre, uma capital, para vir trabalhar aqui.

Agradeço pelo elogio da escrita. Tento sempre aprimorar. Tens razão anônimo, mais uma vez. As palavras contém tristeza e melancolia. E já estou resolvendo, aos poucos, meu probleminha.

Talvez não tenha tido condições psicológicas de analisar os pontos positivos de Videira, ou os tenha valorizado pouco. E de forma alguma quiz, na minha incompreensão, ofender o podo desta terra. Apenas não me habituei com alguns costumes daqui e sim e isso creio que seja normal. É uma questão de respeitar as diferenças e isso acredito que faço.

Sobre a felicidade, teve um momento em que era bem feliz aqui, tanto quanto era na minha cidade. Agora, na comparação, lembro do que tenho lá e não estou usufruindo e do que tenho aqui e não sou valorizada. Nessa balança, desculpe, mas estou perdendo. E, por incrível que pareça (analisando bem agora), não tem relação direta com as pessoas ou os lugares de quem é daqui, na verdade. Muito pelo contrário.

Enfim, também não sei quem és e este assunto já está se delongando por demais. Mas, confesso, que tu fostes o primeiro a me expulsar da cidade e ainda teve elegância, hehehe.

Inté

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