Driving children’s
Não estou jornalista. Por hora, vendo o serviço
de transporte infantil - e dou de brinde carinho e atenção por trás do volante
- a pais que não tem tempo para transportar seus filhos em todas as atividades
infantis. E o melhor: ainda há vagas no meu coração, digo, hora na agenda.
Estou fora do mercado de comunicação há algum
tempo. Aliás, até pouco mais de três meses atrás não estava trabalhando. Desse
período até agora, conduzo crianças até suas atividades educacionais, culturais
e de formação transversais. Como digo, sou uma espécie de Morgan Freeman em
Driving Miss Daisy. Acho phino!
Ao todo são quatro crianças sob minha tutela [Grande
responsa...]. E tem sido uma experiência incrível! Além de por em prática,
estimular e exercer responsabilidades, pontualidade e a paciência, eu tenho
aprendido muito com essa nova rotina. Na verdade, elas têm me ensinado algumas
coisas novas e outras já esquecidas com a maturidade.
Sinto-me uma pessoa melhor a cada dia. [1]Sou
uma motorista mais consciente, mas tranqüila ao volante, mais paciente no
trânsito. [2] Tenho sido mais educada. Sair de casa e conviver com pessoas
estranhas, além dos pequenos, nos faz exercer a nossa cidadania e resgatar as
regras de convivência social. [3]Também busco entender e compreender a
personalidade infantil e com isso, entende-se melhor os adultos ligadas a elas,
entende-se melhor as pessoas quando convivemos com crianças. Ou seja, os porquês
passam a ter respostas...
E o melhor de tudo [4]: minha veia materna se
sacia com a presença de cada uma delas ao meu lado. Isso me deixa tão feliz!
Uma mulher satisfeita, mais inteira. Compartilhar carinho e atenção com
crianças não é uma tarefa fácil, elas têm muita energia, são exigentes e querem
sempre mais. Mas essa dedicação desprendida me alegra. De fato.
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