Xô ignorância
Cada aula que assisto, recebo uma
felicidade arrebatadora com os novos conhecimentos. As leituras de teóricos,
dos classicistas da comunicação e da sociologia me apresentam novos conceitos e
oportunizam debates que há anos não fazia. Estou feliz em deixar parte da minha
ignorância no andar de baixo, com os mini-painéis dos colegas, com os
trabalhos, a aula expositiva do professor. E o melhor de tudo é rever o
conteúdo que estudei na graduação de forma interativa, numa troca de
conhecimentos com os demais, por meio dos projetos de cada um.
A mesma felicidade me toma quando
viro uma página atrás de outra, cada vez que consumo palavras da literatura
classicista, de um ensaísta ou poeta. Adoro ler Best Sellers, literatura
juvenil, fantástica ou surreal, de suspense ou simplesmente romances. Mas
quando volto minha atenção aos clássicos, percebo que há diferença. A qualidade
da escrita é outra. É educativa, informativa, formativa, leve e também
divertida. E sinto que minha ignorância reduz mais um pouco, que amplio minha
cultura literária, meus conhecimentos gerais.
A gente é tão pequeno, tão
insignificante perante algumas situações, e mesmo assim somos arrogantes. O ser
humano não conhece a modéstia. A maioria de nós não sabe compartilhar, dividir,
ceder, conviver com o próximo. Isso é tão triste... Professor e escritor têm um
pouco disso nas suas profissões. Do companheirismo de um possível intelecto, do
conhecimento adquirido e construído. Gosto tanto disso, que quando “crescer”,
quero fazer desenvolver essas duas habilidades também...
No entanto, enquanto não chego
lá, vou treinando como ser humano. Quero ir à contramão, como sempre, e me unir
a quem, por natureza, já tem o coração, o corpo e a mente mais condescendentes.
Comentários