Pesquisa?



Nessa segunda-feira, às 7h15 da manhã, subo no ônibus da linha 255 – Caldre Fião (empresa Presidente Vargas|Consórcio Unibus) e tem, provavelmente, um estagiário distribuindo um ticket. Ele vestia um colete que o identificava: EPTC. Logo abri o sorriso e pensei. Alguém da Empresa Pública de Transporte e Circulação, mesmo que um estagiário [deduzi pela jovialidade do rapaz], para ver as barbáries que os passageiros desta linha e empresa passam pela manhã, ao ir ao trabalho.

Mas não. O tal papel dado era um aviso. Sim, pra mim um aviso de que a empresa estaria fazendo uma pesquisa sobre o embarque e desembarque. Uma pesquisa de qualidade. Eu com essa minha mania de pensar, imaginei que outra pessoa aplicaria um questionário, breve, ou entregaria um para que o preenchêssemos. Achei um pouco inviável considerando que, com o horário de verão no transporte público, os horários estão reduzidos e por consequência os veículos mais cheios do que o normal. Lotados mesmo. O que impossibilitaria do pesquisador trabalhar.

Decidi aguardar. Já que o aviso só dizia que deveria entregar a pesquisa ao desembarcar. Esperei. Observei a paisagem, o entra e sai, e nada de perguntas sobre a qualidade da prestação de serviço no transporte rodoviário. Estava com sede de revelar tanto desrespeito. De apontar falhas. De sugerir melhorias. Mas não. Cheguei na estação rodoviária, ponto do meu desembarque, e logo vi outro rapaz, com uma planilha, que me pediu o “bilhete”, anotou algo nele [no pouco espaço que sobrou com o que escrevi] e na sua prancheta. E eu desembarquei.

Eu, assim como dezenas de pessoas, fiquei sem entender nada. Além do que estava escrito ali: “Esta pesquisa é para melhor atendê-lo”. Dá para me explicar como, EPTC? Por favor...

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