Etiqueta no transporte público


Isso tem que virar Lei: um guia com dicas de como utilizar e se comportar no Transporte Público. Mas sempre é bom lembrar que bom senso e educação não faz mal a ninguém e todo mundo gosta. O problema é que quase ninguém pensa assim. Ao menos nos meios que utilizo, como o Trensurb e uma linha de ônibus da Empresa Unibus, em Porto Alegre.
Pela manhã cedo, no mesmo horário [quando não estou atrasada] utilizo o ônibus para chegar até a estação do trem. E é inadmissível para mim respirar um bafo quente – e as vezes não muito perfumado -, quando a temperatura ambiente às 6h50 é de 25°, só por que a pessoa que está ao lado da janela está com preguiça de abri-la ou não quer se despentear. Pode isso? Não né. Vamos abrir as janelas povão, por que não além de suar feito uma porta às 7 horas, preciso de ar puro – ou ao menos inodoro.

Como se não bastasse, tem aquele povo que fica em pé na porta do ônibus, só porque sabe que ele vai lotar mais alguns pontos a frente. Egoistamente, a criatura quer facilitar o seu desembarque. Mas durante 20 minutos, no mínimo fica atravancando o caminho de aproximadamente 30 pessoas. É brinquedo uma coisa dessas. Pegadinha do Silvio Santos, só pode!
Tem também aquela pessoinha que sobe quase 10 paradas depois do ponto inicial, vem sentadinha confortavelmente no busão, e vai descer apenas no ponto final, no centro da cidade. De repente, próximo a Estação Rodoviária, a fila para descer começa a se formar no corredor. E quando o ônibus abre as portas do desembarque, e as pessoas começam a descer, a fila toma um fluxo ágil e, de repente, estanca. Mas só porque aquela pessoinha levanta do seu lugar, entra na fila, escolhe outro lugar e depois sai da fila para sentar naquele espaço que vagou. Sabe-se lá por que... Entende? #$%@&*+ Eu não.

Dai tu pensa que vai ficar tranquila no trem, pois o sentido que tu utiliza é o inverso do horário de pico. Ledo engano, pois os maus educados estão espalhados por todos os meios de transportes públicos do mundo. E eles são visíveis já na plataforma de embarque. Lugar que, no sentido Porto Alegre – Região Metropolitana, há espaço para todos pela manhã cedo. Mesmo assim, aquele engraçadinho sabe que o trem está chegando, mas que dará tempo de embarcar até mesmo para aqueles que estão chegando no local. No entanto, saem correndo em disparada, ziguezagueando, e batendo nas pessoas que estão paradas, esperando o veículo parar e abrir as portas.

Essa mesma criatura se coloca a sua frente, te empurra, e ainda ultrapassa a faixa amarela. O que é expressamente contraindicado pelos responsáveis pela segurança no serviço. Então, as portas se abrem e eles saem tipo boiada faminta para o pasto, em busca de um lugar nos bancos duplos. E se jogam! Nem preciso dizer que o banco destinado para idosos, gestantes e pessoas com crianças no colo são os primeiros a serem ocupados e por passageiros que não se incluem nesses perfis. Aliás, velhinhos e grávidas geralmente ficam em pé, se agarrando nas argolas e sacolejando com o balanço do trem.

Mas, pior de todos, são os leitores de jornais nos vagões. Têm dezenas deles espalhados por todo o carro. Está certo que todos os cidadãos têm que se manter informado e o tempo de viagem no trem é excelente para isso. Porém, os homens principalmente – desculpe, só leem as páginas de esporte e polícia -, precisam de espaço em dobro. Afinal, eles precisam abrir os braços para segurar o jornal com as páginas abertas. Além disso, para maior conforto de seus falos, aproveitam que passam a viagem toda acotovelando o passageiro do lado, abrem as pernas escancaradamente. E o que sobra ao lado? Nada! Melhor, um palmo de banco para que suas vítimas possam se acomodar da pior forma possível.

É por essas e outras que eu estou louca para comprar um carro e enfrentar uma hora de trânsito intenso da minha casa até o meu local de trabalho. Dirigir por uma rodovia com trânsito pesado de caminhões, diariamente, e ainda pagar estacionamento. Vou reclamar de outras coisas, mas ao menos não vou mais sofrer com esses desagrados do transporte coletivo. Ah, não vou...

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