Hora aqui, hora lá


Talvez, quem sabe, de repente, assim meio do nada, eu tenha alma de cigana. Estou há oito dias em Porto Alegre [escrevo este post na manhã de domingo, 1 de agosto de 2010] e já penso em aceitar uma proposta de trabalho fora da capital gaúcha. Sei que é pouco tempo perto da família e que nem contatei os amigos daqui sobre minha chegada e muito menos distribui currículos ou procurei frilas nesses poucos dias. Mas, ultimamente, não tenho certeza sobre nada. Só o contrário...

Só o que sei é que tudo tem sido muito intenso. Em uma semana fiz e repeti as lidas domésticas, comecei a organizar minha vida administrativa - como ir a bancos, renovar o guarda roupas em busca de peças de trabalho, acompanhar mãe em suas atividades e agendei oftalmologista. Para finalizar a semana, viajei mais de mil quilômetros em 30 horas desde que cheguei aqui, entre outras “cositas mas”. Não vi Vídeo Show, Vídeo Game, Sinhá Moça e nem Escrito nas Estrelas.

Se esse ritmo se manter nessa semana, tudo que descansei em julho se vai agora só na primeira quinzena de agosto. Portanto meu povo, contatos telefônicos são muito bem vindos, mas sem ser mais que 10 minutos, plis, e saidinhas, nem pensar para o momento. Meu corpo é velho. Sou uma mulher de meia idade voltando ao ritmo agitado do cotidiano de uma cidade grande. Gosto disso, mas preciso me readequar ao sistema.

Isto é: descer ao centro após o Vale a Pena Ver de Novo, passar na XV de Novembro e na Saul, parar em duas lojas, chegar ao Banks, passar na manicure e ainda tomar um café com os amigos e estar em casa a tempo de ver a novela das 6 em Videx [como chama meu irmão] não é o mesmo que em POA. Tudo demora por aqui. Tudo leva tempo. Agendar compromissos por aqui funciona. Aliás, é algo mais que necessário...

O que me alegra, realmente, é perceber que o Shazan está tão em casa quanto eu. Já demarcou terreno, ou seja, expulsou a Brigite Bardot de seus lugares preferidos, descobriu o jardim do Dmae [Departamento Municipal de Água e Esgoto] em frente ao prédio e o mato cego do estacionamento abandonado, ao lado. Já sabe que quando chamo, ou a mãe o chama, ele tem que se recolher e faz isso bem obediente.

Acho que os bichanos estão felizes. Eu, embora a saudade do povo da Terra do Nunca [resisto a vontade de ligar aos queridos, pois, o que os olhos não vêem e os ouvidos não ouvem, o coração não sente], também. Saudosamente feliz...

Comentários

Anônimo disse…
É menina...é difícil quando a gente se acostuma a essa tranquilidade que é o interior....tudo é perto, tudo é rápido, tudo é calmo (até o centro de Vda perto das 13:30) e vemos isso quando vamos para um lugar maior. Eu me sinto a jeca-tatu qnd estou em Ctba e penso...nossa, como tudo é longe aqui, meia hora de carro pra chegar em qualquer lugar...Mas é assim mesmo, faz parte né!

E você já querendo pular fora de PoA?
Pula antes de chegar o verão....rsrsrs, pois essa cidade é um inferno né, quando é quente...é realmente quente!
Se cuida por aí...e as incertezas...são elas que fazem a nossa cuca trabalhar um pouco...não dá bola pra isso não!
Bjssss
Rou.
Isso que não tem dinheiro..imagine se tivesse grana...ia viver que nem pipoca...uahuahuahuah.... Deus não dá asa pra cobra garota..heheheh

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