Atentados gatis

Mais uma vez o Shazan sofreu um atentado contra a sua vida. Dessa vez, quem sabe, algo menos agressivo, mas não menos preocupante. Depois de ser baleado (com arma de pressão) na barriga e ter ficado com o projétil no organismo, em setembro de 2008, o baby começa o ano já com menos uma vida.

Do nada, o bicho chegou em casa lá pelas 23h30, sem anunciar ou reivindicar comida e atenção com seus miados. Pulo a janela do quarto, nem me olhou e já se aninhou no chão. Estranhei de cara tal atitude incomum. Depois mirou a almofada onde coloco os pés sob a mesa do Lacraia e deitou. Detalhe: ele só usa essa almofada quando o ponho de castigo e no invernão.

Fui fazer a vistoria física e ele reclamou. Continuei procurando ferimentos e ele ficou agressivo. Estava sem o seu guizo, aquele que só sai se alguém tirar, e com uma raiva de gente que só vejo quando eu dou umas jornaladas no bicho (coisa muito rara). O Sha não quis nem comer...

Fiquei naquela dúvida: levo para o médico ou fico observando-o e caso se agrave o comportamento o levo pela manhã? Esperei. Devolvi-o para a almofada, onde emplacou um sono um pouco inquieto. A Silvitcha veio vê-lo e ele nem se mexeu. Até ela concordou que o baby estava dodói. Então descartei a possibilidade de envenenamento e reforcei a idéia de que tinha apanhado de algum "ser humano". Agora, ele está sabe-se lá onde, pois depois de vir dormir no tapetinho ao lado da minha cama, ele pediu para sair às 6 horas. Fiquei mais tranqüila, mesmo assim percebi um receio gatil na saída matutina, de quem quer evitar o agressor.

- Sha? Não volta lá aonde tem essa gente ruim que te bateu. Cuidado baby!

Voltei para a cama com medo, mas sem querer prendê-lo, reprimi-lo, depois de uma noite de indisposição.

Bom, só quero dizer que: tentar matar gato dá tanta má sorte quanto conseguir o feito. Desalmado!!!