Eu, consumista!

Minha versão deprimida me impulsiona ao comércio. Minha versão falida me impulsiona ao comércio. Minha versão de amante me impulsiona ao comércio. Minha versão feliz ou triste me impulsiona ao comércio. Porra! Eu sou uma consumista compulsiva e sem dinheiro no bolso e contas pra pagar. Pronto, admito.

Não consigo ficar longe de uma vitrine e de um vendedor. Adoro ofertas e compro qualquer coisa que ache bonito, goste ou seja confortável, mesmo que não precise. Com dinheiro na bolsa, vivo numa padaria degustando petiscos ou bolos de chocolate. E, para encerrar, adoro reunir os amigos para uma pândega. Então eu me pergunto: Porque meus pais não são ricos, se gosto tanto de gastar?

Na semana passada vi o quanto gasto dinheiro a toa quando arrumei a prateleira dos calçados no guarda-roupa. Tem sandália lá que usei no máximo cinco vezes e há menos de um mês comprei um tamanco, lindo e confortável por sinal. Tenho sapatos e esse ano comprei mais dois. Tenho sandalinhas rasteiras, essas merecem serem trocadas (tão velhinhas porque é só o que uso no verão), chinelos e coisa e tal. Não posso ver uma pecinha de roupa que já saio vestindo e comprando. Chocolate é minha perdição e hidratantes para mãos e corpo meus vícios. Ô céus!

Agora mesmo estava pensando em endividar mais um pouco, mas desta vez é algo necessário. Preciso de uma cadeira confortável para usar no meu “escritório”. Uso uma cadeira da cozinha e isso já foi uma evolução até, porque do puf passei para uma banqueta de madeira caseira (e furtada do condomínio onde morei) e agora estou na cadeira da cozinha. Mas a idade aponta e as dores na coluna também. Então, esse investimento é para a saúde. Depois tenho que trocar a armação dos meus óculos e por fim, comprar roupas de verão. Ta, ta, não preciso de roupas de verão!

Ufa! Um dia eu deixo de ser consumista. Talvez, um dia...