Minha coluna


A cada dia me surpreendo com o número de pessoas que lêem o que escrevo. Não falo aqui no Cor de Rosa, nem nas reportagens ou matérias, mas na Coluna Cor de Rosa e Carvão, publicada no Jornal Correio Hoje, onde trabalho. Isso, ao mesmo tempo em que me dá uma grande satisfação, me deixa com receio.

Medo do que vai ali, naquele espaço sobre os horóscopos, e sua repercussão; que na verdade não sei qual é. Apenas que causa algo nas pessoas. Se é asco ou prazer durante a leitura, não posso afirmar com certeza, além daqueles que exprimem sua opinião claramente quando assumo, sem intenção, suas defesas.

Talvez minha opinião esteja realmente cumprindo a sua função. A de formar idéias e disseminá-las, ao ponto de que algum gestor público ou empresário da região as desenvolvam. Isso quer dizer que tenho uma grande responsabilidade sobre o que escrevo e devo manter essa preocupação. Não que antes não a tivesse, mas realmente pensava que poucas pessoas me liam naquela parte do jornal, se não os amigos, conhecidos ou vizinhos.

Essa segunda-feira foi marcada pelas convenções dos partidos na cidade. Fui cobrir as mais importantes para o jornal e em duas ocasiões, ao ser apresentada a algum representante político ou candidato a um cargo eletivo, fui surpreendida.

- Como vai? Sou Elaine, do Jornal Correio.

- Sim, eu te conheço.

- Desculpe, não estou lembrada.

- Eu leio a tua coluna.

Tóin?! As palavras criam forma com a ajuda daquela pequena foto feia, de perfil, que tá lá, me identificando. Me expondo.

Não que ser reconhecida pela forma ao qual pontuo algumas questões não seja um privilégio, mas agora estou mais preocupada ainda com os assuntos e a forma como os abordo. E garanto para vocês, se não fosse a Pardalita me ligar hoje à noite, e me sugerir uma pauta, eu (com certeza) não dormiria essa noite de preocupação. Agora, mais do que nunca, não posso publicar qualquer bobagem naquele espaço. Tenho uma obrigação, além de ter que manter o respeito, junto aos meus leitores.

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