Eu e Maria


Todo aspirante a escritor tem um ídolo. Uma personalidade das letras ao qual se espelha. Eu, como sempre quero mais, tenho vários. Tenho Luis Fernando Veríssimo – e não quero me gabar, mas até em conto erótico as pessoas pensam que tenho o traço dele -, a eterna e majestosa Eunice Jacques, o consagradíssimo Gabriel Garcia Marquez (Gabo, para os íntimos), entre outros formidáveis.
Porém, nesse momento me espelho na personalidade de Maria Adelaide Amaral, a novelista. Numa entrevista para a Veja São Paulo (Ano 41 - Nº 7), onde foi capa, seu perfil foi traçado como “Católica praticante, avó coruja e desbocada convicta...” Temos pouca coisa em comum, mas me liguei na parte em que assume usar palavrões com tal desenvoltura que já surpreendeu a desbocada Dercy Gonçalves. Então percebi que posso ter futuro como escritora, já que faço catarse pelas ruas e sempre sai um “Filha da Puta, Corno e Viado”. Nos momentos mais indignados, um Porra, e às vezes; Caralho.
Não quero aprimorar o meu linguajar chulo, para não dizer bagaceiro mesmo, mas se ela, uma dramaturga de primeira fala palavrões, eu, uma mera jornalista (premiada e que já deu entrevistas, claro), consigo chegar a publicar um livrinho ao menos. Outra coisa bem bacana, é que ela tem gatos. Dois lindos bichanos, bem comuns. Um preto, que chega a ofuscar os olhos de tão brilhoso que é o pelo do gato, e outro vaquinha. Definitivamente, uma mulher arrojada e de bom gosto.
Minha “ídola” do momento. Se conseguir escrever pelo menos um roteiro para um seriado cômico-sarcástico, já me dou por feliz. Pois os gatos, esses já tenho.

Comentários

Nanda Assis disse…
torço por vc, espero que todos os seus planos deem certo. e valeu por contar um pouco mais sobre alguém que sempre ouço falar mas sabia nada sobre ela.
bjossss...
Elton555 disse…
Falar palavrão é bom pra caralho.
Beijão
Anônimo disse…
e vc sabia que ela escreveu uma peça sobre a vida da dercy, a atriz que vai fazer o papel é a fafy siqueira

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