Auto-ajuda coletiva


Gente, esse menino se chama Almir. Ele tem 14 anos e já esta escrevendo seu primeiro livro. Eu o conheci quando fui entrevistar o escritor Júlio Queiroz - filosofo, contista e poeta renomado no Brasil.
Almir adora literatura. Sua paixão e tão grande pelas letras que decidiu escrever um livro de auto-ajuda, onde pretende contar sua primeira experiência de vida a fim de ajudar pessoas que estejam sem estimulo para buscar seus sonhos. Pessoas que estejam desanimadas e que não possuem incentivos para porem em pratica seus objetivos e alcançar com isso suas metas.
Sim, eu sei, ele e novo demais e pretensioso, porem, já um guerreiro. E, na verdade, que mal teria em escrever um livro de auto-ajuda baseado em sua experiência de vida, mesmo que juvenil? Nenhum. Por isso que agora Almir e meu ídolo!
Tem mais ainda. Na sua obra, que segundo me informou o jovem que esta na oitava seria do ensino fundamental, tem um capitulo sobre amizade que será escrito a dezenas de mãos. E pasmem: eu fui convidada para escrever sobre o assunto. Na hora eu disfarcei. Fiquei envergonhada pelo convite do jovem e audacioso escritor. Mas muito comovida pelo convite. Eu, uma desconhecida, sem eira e nem beira, solicitada para participar do livro de um jovem escritor.
Almir me parece inexperiente ainda na arte da escrita. Mas o guri e caprichoso. No Projeto Encontro Marcado, aonde ele mostrou uma pagina do primeiro capitulo de seu livro, percebi que o jovem precisa de auxilio técnico, como um editor, para que o orientasse. Era isso que ele estava fazendo ali, com o escritor convidado, que tão gentilmente o estimulava a prosseguir, sem ainda por limites, formas, estilo no seu processo produtivo. Então, pense na responsabilidade de vir a interferir num trabalho tão limpo como o dele, com minha opinião, meus vícios linguísticos, minha redundancia...
Mesmo assim eu aceitei! Minha vaidade não me permitiu dizer não. Aquele convite sorridente, de um guri meigo (porque quem o conheci sabe que ele e portador de uma doçura e educação encantadora, tai a Dona Munira - minha vizinha chiqueterrima e exigente - que também percebeu tais características no jovem) também não merecia uma recusa.
Depois, se ele ou seu futuro editor entender que minha participação deve ser excluída, isso e um outro assunto. Eu, sinceramente, espero poder ajudar no trabalho desse escritor jovem e promissor da melhor forma possível. Afinal, também já tive o sonho de escrever livros na juventude. Só não tive essa coragem.

Comentários

Anônimo disse…
Só não escreva no livro do guri que és uma jornalista premiada, que deu entrevistas e ganhou cincão..hehehe
Pô, esse seria meu diferencial!!! He he he. Ele pediu para eu assinar no final do texto, com nome completo. Eu ia por o nome e ainda a profissão, o prêmio e a citação sobre as entrevistas. E agora tchê?

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