Jeito gaúcho de falar



O sotaque do gaúcho começo no gesto típico, repetido de geração em geração. Mas esse vocabulário diferente não é só de quem usa bota, bombachas ou vestido rodado. O gaúcho urbano também é gaudério, usando o termo que se refere ao comportamento típico do Rio Grande.

Nas ruas do Rio Grande do Sul não existem ladeiras. Só lombas. Nos cruzamentos, nem farol e nem semáforo. São as sinaleiras que coordenam o trânsito. E se o motorista não respeitar, é certo que dá pechada!

“É como quando duas pessoas estão andando na rua e se dão de encontro. Eles se pecharam”, disse o gaúcho.

E olha só que cusco brincalhão. Não, cusco não é o nome do cachorro. É como gaúcho chama o animal.

E tem mais: diferentemente da maioria dos outros lugares, o sanduíche não é misto quente, não. “É torrada. Vai queijo, presunto e margarina no pão”, falou o gaúcho.

E lá na padaria tem o que muitos podem achar estranho. “O pão da cesta é o cacetinho. Todo mundo pede pelo cacetinho”, contou Leila Maria Martins, balconista.

É isso mesmo. Para nós o pão francês, só Deus sabe por que, chama-se cacetinho.

Deu pra ti baixo astral
Vou pra Porto Alegre tchau...
Quando estou assim meio dow
Vou pra Porto e
Bá tri legal.


Kleiton e Kledir, que trocaram o Rio Grande do Sul pelo Rio de Janeiro, sabem que o gauchês faz sucesso! E eles continuam apostando nisso.

“Uma expressão que eu acho a nossa expressão mais simpática no Rio Grande do Sul é o nosso capaz. Capaz a gente usa no Rio Grande do Sul quando a gente está desconfiado de alguma coisa”, explicou Kledir.

O professor de literatura e escritor, Luis Augusto Fischer, conseguiu reunir mais de 600 expressões no dicionário de portoalegrês. Algumas são escritas bem do jeitinho que os gaúchos dizem.

“Tem gente que diz que o báh tem mais de 60 entonações diferentes. Pode ser muita alegria, pouca alegria, felicidade. Pode ser compartilhamento”, explicou o Fischer.

Fischer tem uma explicação histórica para o jeito de falar do gaúcho. “É a coisa da fronteira, sempre enxergando o rosto do castelhano. Se a gente pensar que há 200 anos, antes do telégrafo, quais eram as comunicações possíveis? Carta. Então, tu tem vida cultural e ao mesmo tempo não tem uma comunicação muito fluente com as outras partes do Brasil, com a corte ou com a capital. Então, acaba desenvolvendo uma forma peculiar de falar que é só daqui”, concluiu Fisher.



Jornal Hoje - 31 de Maio de 2008

Comentários

Anônimo disse…
oi guria, eu tenho esse livro.
china velha estou sabendo de tudo, tudo mesmo....
vai mandar?
não sei se quero vc como vizinha do pp.
he he he
Ai meu deus... Tu é mto rápida. É a boca de latrina do nosso namorado. Vou ter que dar uma prensa nele. Ou eu ou tu!!!! Huahuahua. Claro que vou mandar. Não custa nada afinal. Oh, depois que eu ganhar os cincão, vou esperar vcs com um banquete aqui em casa. Não te faz jaguara.
Anônimo disse…
muiton loko seu blog chic tnho 15 anos toh num trabalho d skola e sou mineira mto chik vlw ajudoh mto
Mas bah, tchê! Que tri que pude ajudar. Qualquer coisa aí, prende o grito, que ajudo daqui. Bjocas guria anônima de Minas.
Anônimo disse…
Mas barbaridade tchê...vcs estao
sabendo de mais do Sul...
Se tu queres saber mandou
meuito bem..abç..bjus!!!
Anônimo disse…
aii sou carioca tenho 15 anos e me chamo Yvyn tive que fazer um trabalho em grupo sobre as regiões do Brasil e a minha ficou Região Sul ! ajudou muito aeêe Beijoos, e adc no msn -> dimennor_@live.com
baa (aa' rsrs
Nêga disse…
Oi Dimennor_

Tchê, sempre fico super feliz ao saber que meu blog também é "cultura" e "educação". Ao menos alguma coisa se salva no Cor de ROsa e Carvão. Hehehehe. Beijos e sucesso na escola, carioquinha!

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