As imagens da minha vida



Não guardo muitas coisas na memória. Ela é fraca para isso. Trago nela apenas os momentos mais marcantes da minha vida, aqueles que cravaram imagens, palavras e sons em meu peito. Sejam eles bons ou ruins.

Por isso, há algumas semanas decidi fazer um livro-foto da minha vida. Dos meus primeiros 33 anos. Desde que cheguei em Videira comecei a amar o registro de imagens, para que sempre que possa, buscar nelas o rosto e os momentos que vivi com amigos e a família. Então, enquanto esperava um jovem fotógrafo da G&A para entrevistá-lo, vi que eles fazem esse documento e de cara decidi.

Meu primeiro passo foi coletar as fotos de família que a minha mãe insiste em por fora, a cada final de ano, quando faz a limpa nas gavetas de seu guarda-roupa. Sobraram poucas fotos do meu tempo de criança. Nessa semana que antecedeu a Páscoa, comecei a fazer o trabalho, lentamente. Parei! As lágrimas não me deixaram continuar o serviço.

Descobri que já fui muito feliz nessas três décadas e que continuo sendo. São momentos simples, entre pessoas que me amam e as quais amo mais ainda. Fiz as contas e conclui que a seleção das 150 imagens vai ser difícil, pois a cada revisitação na minha vida, vislumbro situações cômicas e, ressalto, de gloriosa felicidade. Cento e cinqüenta fotos! Vão ser poucas...

Agora a pouco, ao procurar uma foto no meu Flog (que não achei porque não postei e que não terei jamais, pois fiz um backup no Fred em dezembro. Ou seja, a perdi, assim como muitas outras) relembrei de outros momentos felizes. Pasmem gente... Mas passei ótimos momentos aqui em Videira. Imagens essas que também vão entrar para o Guiness Book.

E, de repente, não mais que de repente, me deu uma saudadezinha antecipada...

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