mar de gente

"Atirei-me ao mar
Mar de gente onde
Eu mergulho sem receio
Mar de gente onde
Eu me sinto por inteiro..."


Eu tenho sorte na vida e não sabia. Aliás, nunca havia percebido por este ângulo, pelo lado das amizades. Sim, eu tenho amigos. E posso encher a boca para dizer com certeza e convicção de que tenho amigos sinceros e verdadeiros. Daqueles que te estendem a mão para que levante, quando estás tristes, desanimado, com problemas, sem dinheiro, sem comida, casa. Daqueles que estão ao teu lado na saúde e na doença. Daqueles que sabem a hora e o momento para dizer as tão benditas verdades e que, por algum motivo, fazemos questão de perceber.

Entre várias as constatações reais que tive até hoje, 50% as percebi aqui. Por aqui, 50% dos problemas cotidianos da vida me assombraram. E aqui eu plantei minha carisma e minha personalidade forte junto a pessoas maravilhosas. Mas também não esqueço daqueles que me acompanham há anos. Dos tempos da escola e que, apezar da distância e longos anos de separação e contato, se tornaram grandes amigos dos tempos de hoje. Daqueles do tempo de colégio, que viviam na minha casa durante os finais de semana, quando passávamos às noites em aventuras juvenis e, perigosas demais para jovens mulheres. Não esqueço dos amigos de faculdade, que hoje continuamos ainda mais unidos, como se cada metro, quilômetro, fração de tempo não tivesse nos distanciados fisicamente. Dos colegas-amigos que fiz durante meus trabalhos, ah, esses também não têm preço.

Sim. Eu sou uma mulher de sorte e se ela continuar me valendo disso para o resto da minha vida, não precisarei de mais nada então, que não posso ir buscar pelos próprios esforços físico e intelectual. Porém, toda essa introdução é para dizer que eu vivo num mar de gente. E como canta Falcão, do conjunto O Rappa, ao qual farei uma compilação breve para descrever a minha vida: "eu mergulho sem receio, mar de gente, onde eu me sinto por inteiro..., pois essa é a luz que eu preciso". Logo, então, eu sou um ser iluminado. Já diz meu nome: tocha de luz!

Às vezes penso que os interesses pessoais aqui em Videira são tão distantes dos que regem a terra, em outros prados. São nesses momentos em que penso que aqui é um local atípico, de pessoas receosas, sem convicções, afirmações e sinceras. O comportamento da maioria, e como diz a máxima (peguei essa do Nandiko, hehehe) "a maioria faz a força", essa imagem predomina. E mesmo assim eu me atiro nesse mar de gente, porque sim, eu gosto de pessoas, e desse mergulho eu trago comigo pessoas maravilhosas, que estão ao meu lado sempre. A qualquer hora do dia e a da noite, tenho certeza disso. Um ode aos amigos!

"Essa é a luz
Que eu preciso
Luz que ilumina
Cria e nos dá juízo..."
(O Rappa - Mar de Gente)

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