Água para as flores

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Parece que eu tenho que regar todas as flores aqui de casa. Sem descuidar de nenhuma. Não por água demais e nem tampouco de menos. Ser comedida, mas também não economizar, a ponto em que elas sequem.

Mas nem tudo é 100% e o ser humano é o mais falho se formos destinar percentuais. Eu nunca fui santa, nem perfeita, nem esforçada talvez. Meus atos falhos vão desde a displicência até o provalescimento. Mesmo assim me preocupo, entre outras coisas, com as flores que enfeitam e perfumam este lar.

Nesses últimos dias negligenciei duas delas. Uma está morrendo aos poucos. Aguei demais e a raiz apodreceu. E sim, senti muito cada galho que caía podre sobre o chão. Ela não era minha não. Foi presente da Estela para a Silvia, mas gosto tanto de flores que tomei para mim o ato de regá-las, como se soubesse fazer isso com maestria... Agora bem sei que não.

A outra flor começou a minguar sem eu perceber. Não foi falta ou excesso de água. Talvez falta de atenção, descaso meu. Talvez falta de reconhecimento, displicência. Tenho estado tão a volta do meu umbigo (literalmente, hehe) que detalhes ou pequenas situações passaram despercebido por mim. Sim, eu me centro nos meus problemas, e sei que é egoismo meu, mas eles são os maiores do mundo porque são meus e só eu tenho que resolvê-los. E nesse processo pensei (ou não pensei) que poderia deixar minha relação com esta plantinha se auto-sustentar. Porque era tudo que acreditava que estivesse bem de verdade no momento.

Mas no país das maravilhas nem tudo são flores e podem ser tratadas do mesmo jeito. Então, farei um esforço para não ignorar quem não me ignora. Posso não dizer muito obrigado a cada meia hora e ainda pensar que seja desnecessário, mas nunca deixei de reconhecer todos os atos, as ações, as intenções, o apoio. Nessa terra, depois de tantas experiências insólitas, eu já aprendi a dizer eu te amo, mas ainda não sei explicitar o porque.

Enfim, depois de cada tempestade, sempre vem a bonança. Então vamos aproveitar a paz e a tranqüilidade, de novo...
* * *
1 - Flor de Palma: dedicação, devoção e grande amizade.

Comentários

Anônimo disse…
Hummm ..posso me foder no concurso para o TRT por não entender bulhufas de direito, mas entendi bem a mensagem deste post nêga..
E fico feliz que tudo esteja bem...e se tudo fosse flor e céu ensolarado não teria graça..
Avante....sempre sob o discernimento de que nossa amizade é maior que os surtos...rsrs
O Profeta disse…
Às vezes solta-se do céu uma estrela
Às vezes um anjo perde-se da companhia dos seus
Às vezes varre o mundo uma estranha luz
Às vezes uma criatura anda perdida de Deus


Boa semana


Doce beijo

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