300



Pensei que toda saudade houvesse chegado e ido embora ontem. Mas hoje ela voltou à tona. No final da tarde...


O Jornal A Coluna comemorou 300 edições no Pesque Pague do Piccoli, e o Fernando a sua centésima edição. Então, várias pessoas foram convidadas, além dos staff, claro (acho que se escreve assim), para confraternizar o trabalho do grupo. Para ficar melhor, só tivesse feito um solão durante o dia todo, mesmo assim, tava tudo nota 300, hehehe.


Eles fizeram mudanças no designer e no tamanho do jornal. Ficou diferente, bacana a proposta. A capa tinha marca d'água e acho esse recurso massa.


Então, depois de muito lero lero, comes e bebes, lembrei que a pouco tempo fazia parte da equipe. A lembrança foi retrocedendo para o período em que cheguei aqui em Videira. Foi para trabalhar no Jornal A Coluna que vim para cá. Troquei a cidade grande pela cidade pequena, por um motivo pessoal, que já contei aqui, mas confesso que o desafio em trabalhar num impresso tb me atraiu.


Não tinha noção do que era trabalhar num jornal e não sabia se iria dar conta. E fiquei com essa impressão por umas poucas semanas. Mas depois vi que o bicho não tinha sete cabeças (só seis, hehehe, que foram se mostrando devagarzinho...). Estava acostumada a visitar as redações dos jornais de Porto Alegre quando iria fazer a divulgação de algum cliente e quando entrei, na manhã de uma segunda-feira quente de janeiro, depois de subir e descer escadas e lombas, confesso que achei estranho. Não. Fiquei chocada. Desapontada. Afinal, tinha outra referência.


Mas, pode ser contraditório o vou afirmar agora, ainda bem que não julgo o livro pela capa. Negro e gordo não pode ter essas besteira de julgar pela aparência. Dito e feito. O dia-a-dia na redação foi se revelando agradabilíssimo. Era um prazer acordar todos os dias e ir trabalhar. Havia risos, música, conversa, gritos (o velho era durão, hehehe, mas eu era polpada dessa parte), críticas, correria, calmaria. Era uma redação atípica, que tinha clima de família torta. Até da bunduda terrorista eu gostava.


Era bom demais essa época. E deu saudades sim. Mas tem momentos que não voltam, porque são passado. Este mês, o velho, de quem gosto e sei que gosta de mim também, fez uma proposta para que retornasse. E hoje, quando fui parabenizá-lo e cumprimentá-lo, ele disse que tava bem e contente, mas triste comigo. Pode não parecer, mas sou prática, e não se pode viver de sentimentos e emoções. Eu bem tento, na minha ideologia, mas o mundo é do vil metal.

Também acreditei no projeto. Confiei. Dediquei-me. Desprezei também. Abandonei. Fui relapsa. Mas, entre 300 motivos relevantes para mim, decidi por arriscar na vida mais uma vez. Sou uma impaciente, uma insaciável, nada é bom o suficiente, sempre pode ficar melhor. E se precisar atravessar a rua para experimentar, eu atravesso. Foi o que fiz. E, acreditem ou não, estou feliz por ver que o negócio tá prosperando. É assim que tem que ser.

Enfim, a saudade existe. É como aquela brincadeira de roda. "Ela vem, ela vai, ela diz que já passou..."

Comentários

Barbara disse…
darling, seja mais clara: isso significa que voltaste para o jornal? vais arriscar onde e quando? como assim???
bjka
Sim, ela voltou para a batalha q ela tanto gosta. Já respondi negona! èna q choveu..senão já ia me jogar no piscinão de ramos do PIccoli.. hehehe..mais q uma pícada de bicho naum levari aneh? Beijo

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