PRÊT-À-PORTER 13

Eu odeio o orkut

Na verdade eu não odeio não. Gosto. É divertido. Penso também que Evandro Berlesi, autor do livro ao qual intitulei a coluna da semana, também não odeia o orkut. Apenas utiliza o ambiente virtual como tema literário de seu trabalho, recém lançado no mercado.
Recebi o convite, por meio do correio eletrônico, para o lançamento desta obra. Achei interessante a sinopse do livro que trata sobre uma das redes que agrega pessoas. Mais curioso ainda é o título. Será que tem alguém que odeia o Orkut mesmo, além do Jader? O dependente virtual da comunidade?
O Orkut é uma comunidade on-line que conecta pessoas através de uma rede virtual. O espaço tem o objetivo de proporcionar um ponto de encontro via internet, oportunizando a confraternização entre amigos ou a concretização de novas relações pessoais e até profissionais, de acordo com interesses comuns. Mas esta explicação é desnecessária para os jovens, adultos e até para algumas pessoas da terceira idade. Eles também estão ligados a rede.
Em abril deste ano, o turco Orkut Buyukokkten, pai do sítio que leva seu nome e hoje gerente de produtos do Google, passou pelo Brasil. Em entrevista coletiva - virtual, é claro - foi muito questionado sobre a imensa popularidade do site no país, responsável por mais de 50% dos usuários. Para ele, a causa disso está no modo de ser dos habitantes daqui. "Há uma combinação de vários fatores. Brasileiros costumam ter vários amigos e se comunicar com muita facilidade", disse.
Sabedora disto, queria ter estado no lançamento do livro só para inquirir o autor sobre seu processo de criação. Queria saber se a obra tem um fundo autobiográfico. Se é que isto é possível mediante o que consta a sinopse do “Eu odeio o orkut”. E como toda sinopse de livro, a que se refere a obra de Evandro também aguça a curiosidade.
“Internado em uma clínica de desintoxicação orkutiana, o dependente virtual Jader, faz um download de suas memórias para um colega de quarto (e altamente despreparado), escrever um livro contando a sua decadência (do convite maligno até o offline). Depois que sua última namorada lhe trocou por um balconista do McDonald´s, Jader decidiu que casaria com a primeira mulher que lhe olhasse de atravessado... e nada melhor que a internet para achá-la.”
Parece estranho que no país onde o site de relacionamentos tem metade de seus usuários cadastrados, haja um livro sob essa ênfase. E não é só isso não. Ao que indicam as informações prévias sobre a publicação, na obra também se encontra respostas para as perguntas que podem estar corroendo a sua cabeça no momento, segundo o autor: “Você sabia que o orkut mata? Quem vem a ser Jader? O que você ganhará sabendo quem diabos vem a ser Jader? Você sabia que xerocar livros dá câncer? Você sabia que pegar o livro na mão, ler esse texto e não comprar também dá câncer? Você sabia que Paul morreu em 1966 num acidente de pandorga? Você sabe o que é pandorga?! Você sabia que Sandra Rosa Madalena e Sidnei Magal estão no quadro da Última Ceia? Você sabia que o sabiá sabia assobiar?”
Então, não é curioso? Creio que vou ler...

Comentários

Anônimo disse…
rsrs sabe, eu amo e odeio o Orkut ao mesmo tempo, se isso é possível. Gosto de reencontrar antigos amigos, de manter contato com alguns distantes... Mas como é uma rede, já descobri muitas coisas por ele. O fato é que eu não consigo viver mais sem. Jah fiquei longe um mês, jah deletei o meu antigo e não adianta. Não consigo! Depois que deletei, fiquei uma semana só sem orkut. Ai eu fiz um fake. E esse fake se tornou o meu real... E hoje, estou ai... vc como minha amiga de orkut sabe... rs Beeijos!!

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