A arte de cozinhar

Não. Não se anime. Ainda não sou uma exímia cozinheira, e creio que nunca serei. Também nem sei se sou boa nessa área a ponto de dizer que cozinho. Como o Neno comentou no seu blog, quando veio fazer o rango aqui em casa, "sou apenas uma preparadora de comida". E nisso sim, arrisco em dizer que faço bem. Às vezes, hehehe. Ainda salgo a comida.
Diria que eu na cozinha tem sido uma terapia. E uma alegria também. Tenho cozinhado para os amigos. Coisa simples: carne assada, purê de batatas, maionese, salada de massa, arroz, saladas mista ou verde, lentilha... Quem me viu e quem me vê... Eu odiava cozinhar, embora sempre tenha sido eleita entre os amigos para tal fato. Agora, nem precisam me pressionar. Eu escolho o dia, a hora e o cardápio e reúno o quarteto fantástico para serem as vítimas. Não preciso nem dizer que eu como tudo que faço, afinal, nada de desperdício de comida. Mas fica bom, na maioria das vezes.

Esse fato me lembra o filme espanhol "Como água para chocolate". Lindo e dramático e triste e alegre e da vida. Tem seus bons pares de anos, mas vale a pena. Desde que tenha uma edição em DVD, hehehe. É a história de uma jovem, a mais nova de uma tradicional família espanhola e apaixonada por um homem e exímia cozinheira. Queriam se casar, mas a mais nova não poderia se casar antes das irmãs mais velha e ainda teria que cuidar de seus pais. Então, a irmão mais velha casa com seu amado e ela tem que fazer o buffet para os noivos. E ela faz, chorando todas as suas dores de amor por ele, temperando a comida com suas lágrimas e passando sensações e sentimentos em cada prato que faz.

Sou assim na cozinha agora, descarrego minhas emoções no ato de cozinhar. Embalada por música, prazeres, pensamentos e desejos. Talvez por isso salgo a comida, talvez por isso erre às vezes, talvez por isso fique no ponto. Não sei dizer ao certo. Talvez seja, pura e simplesmente, porque eu não saiba cozinhar.

Há dias eu estava com vontade de comer uma polentina com molho de linguiça, aquele bem gorduroso, de lamber os beiços, com muito queijo e cheiro verde por cima. Me lembrei da polenta que o Riva fez aqui em casa, quando o casal ainda morava conosco. Como a dupla comia mais do que eu e uma tropa de leões juntos, pouco sobrou no outro dia (tava de mal humor e sem apetite, coisas do coração), fiquei com áugua na boca. Então, para matar a vontade, fiz uma ontem. Claro que só havia feito polenta uma única vez na vida e polentina nunca. Errei, hahaha. Pus farinha demais no negócio. Fiquei com dor no braço de tanto mexer para não embolar e cozinhar tudo certinho. Bom, eu comi mesmo assim e a Silvitcha fez a gentileza de provar. Amanhã ela vai virar polentina frita, hahaha. Porque hoje à noite tem churrasco de aniver do Neno. Que delícia!

Bom, essa semana nada fiz para os quatro elementos. Semana movimentada para os trabalhadores. A Silvitcha escrava do neurolingista, o Neno e o Nandiko cheio de atividades na semana, quase que 24 horas por dia. E eu dura e com preguiça.

Vamos ver para a próxima semana. Quero comer foundie, mas não tenho aparelho e nem dinheiro e o frio tá passando... C'est la vie! Creio que o desejo irá ficar para o próximo inverno...

Comentários

Anônimo disse…
Qual será o menu da semana sega??

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