PRÊT-À-PORTER

Sacos de supermercado

O texto de Sabrina Craide, da Agência Brasil, publicado pela Ecoagência de Notícias, na web (
www.ecoagencia.com.br) me remeteu a um tempo distante. A infância.
Esta é a fase da vida onde os fatos ficam marcados para sempre. É por isso que quando se pensa na formação de bons cidadãos; empresas, órgãos públicos, ONGs, escolas, entre outras instituições, com suas ações sócio-educativas, focam como público alvo as crianças. Tudo fica registrado na memória desses seres, que podem até ignorar o aprendizado quando chega a fase adulta, mas fica tudo lá, implícito ou latente no subconsciente.
Na minha há vários registros. Até mesmo eu, quase um ser desmemoriado, lembro dos sacos de papel dos supermercados. Isso lá se vão 25 anos. Recordo-me que um sábado por mês se tornava o dia para o rancho - as compras para abastecer a dispensa por 30 dias.
Ia contente acompanhando minha mãe nessa tarefa doméstica, porque tinha uma cota por mês onde poderia comprar meus doces e salgadinhos. Quando chegava ao caixa para passar as compras, pedia para que pusessem todos os meus itens em um saco separado, assim iria cobiçando, cuidadosamente, minhas compras até em casa.
Na época, os sacos plásticos ainda não haviam sido adotados pelos mercados. As compras eram acondicionadas em sacos de papel, pardo, grosso, mas que rasgava com o excesso de peso ou no transporte, dependendo de como se carregava. Hoje, estes sacos se transformaram em sacolas plásticas, que são mais práticas para o translado, mas, piores ao meio ambiente.
A matéria prima se modificou, mas o uso continua o mesmo: guardar as compras no mercado e depois, usar a sacola para acondicionar o lixo doméstico. Os hábitos são os mesmos, mas os resultados à natureza não.
No texto de Sabrina Craide consta a seguinte informação: O Brasil produz anualmente 210 mil toneladas de plástico filme, a matéria-prima dos saquinhos plásticos, o que representa cerca de 10% do lixo do país. Cada saquinho de supermercado pode demorar até um século para desaparecer completamente.
Na mesma matéria, ela ainda informa que o deputado estadual Sebastião Almeida (PT-SP) é autor de um projeto de lei aprovado pela Assembléia Legislativa paulista que obriga os estabelecimentos comerciais a trocarem sacolas de plástico comum por material biodegradável para o acondicionamento de produtos.
Segundo a proposta aprovada pelos deputados de São Paulo, as embalagens que deverão ser utilizadas pelos estabelecimentos comerciais do estado devem desintegrar por oxidação em fragmentos em um período de tempo especificado e biodegradar tendo como resultado CO2, água e biomassa.
A proposta diz também que devem ser usadas embalagens plásticas oxi-biodegradáveis (OBP), que apresente degradação por oxidação acelerada por luz e calor, e capacidade de ser biodegradada por microorganismos. Além disso, os resíduos finais não devem ser tóxicos.
Pode ser funcional. Vamos esperar para ver o exemplo do estado paulista, mas eu ainda prefiro os sacos de papel.

Comentários

Anônimo disse…
Não são da minha época os sacos de papel, mas os conheço pelos filmes. Não sabia que um saco plástico demorava tanto para se decompor... Precisamos sempre fazer alguma coisa, mesmo que ela seja minima...
Elza disse…
Ahh, sabe que eu só conheço eses sacos dos filmes americanos... em tempo onde se conservar a natureza é de grande valeia, bem que podeia ser re-adotado pelso supermecados.
=]
Maria disse…
gostei mto do seu blog!
Esta de parabens!!!

ahh...como vc faz pra colocar contador? eu naum consegui.. =/

bjaummm

Postagens mais visitadas