Medida compensatória

Quanto vale um sorriso? Quanto custa uma conversa amena, informal, tranqüila? O que pode se dar em troca de um carinho? Assim caminha a humanidade, como canta Lulu santos.

Para mim tudo isso não tem preço, pois dou de graça o que parece ser parte de mim. Mas acredito que tenha pessoas que pague por tudo isso, para não se sentir sozinho, abandonado, perdido. Confesso que já propus escambos, barganhas em troca de carinho. E o resultado negativo, displicente foi suficiente para entender que quando se pede pouco ou muito, pode se ganhar o nada, em qualquer das circunstâncias. Então, agora prefiro o vinho e o cigarro, a ter que mercantilizar meus sentimentos e desejos. Na balança da vida não tem garantias, o Inmetro não tem ingerência.

Por não querer mais trocar o que daria de graça, e com prazer, que também não aceito medida compensatória. Se não quer ganhar, também não precisa reparar a recusa com brindes, arranjos ou meios carinhos. Soa falso. Inverossímel.

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