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Estou preocupada com meus últimos sentimentos e desejos. Eles me fazem pensar em coisas que percebo serem inviáveis. Fazem-me querer, de novo, quem não me quer. E trás à tona um amor que já imaginava superado.

Já estou vendo os sinais. Minha concentração está no nível zero. E com o calor que está fazendo nesta primavera, as coisas ficam ainda piores. Por mais que tente focalizar-me no trabalho, volta e meia me vejo pensando na criatura.

Isso parece algo do tipo autoflagelo ou punição, porque cada vez mais a distância aumenta. Pensei que, automaticamente, meu ser todo fosse também ficar indiferente ao objeto dos meus pensamentos, sensações e desejo, mas não. Sonho, penso, lembro de bons momentos e ao contrário do que queria, eu ainda me sinto próxima, embora não haja reciprocidade.

O bom de tudo isso, com exceção de fatos isolados, é que não sinto mais dor. Agora só sei que gosto, não nego mais para mim, e também não quero saber o porque. Mas sinto muito falta dele. Deixei nas mãos do tempo agora. Dizem que ele cura tudo, então, estou esperando que ele me sare.

Enquanto isso vou levantar a bandeira branca. Quero tempos de paz em minha volta.

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