Diversão e arte para qualquer parte

Videira – Se aqui votasse, meus candidatos seriam aqueles que prometessem promover o lazer, a cultura, além do incentivo para a abertura de novos estabelecimentos de diversão, como bares, danceterias, pubs, choperias, essas coisas.
Sair nesta cidade, de dia, já é um caos. Aqui o trânsito está saturado, porque as pessoas têm preguiça de caminhar, ou os jovens querem se exibir com a caranga dos pais pelas ruas do centro ou porque são egoístas demais para oferecem caronas aos amigos e vizinhos, a fim de facilitar a locomoção e economizar combustível. Ou, na pior das hipóteses, porque também de mostrar o seu “poder”econômico para as pessoas que pensam que isso é importante. Ou, simplesmente, não sabem pegar vias alternativas para fugir do tráfego pesado, sabe-se lá porque... Então, a cidade fica um caos durante os horários de pico, durantes as tardes, durantes as manhãs, durante todo o dia.
Aonde elas vão também não entendo. Quando saio para fazer as entrevistas ou enquete vejo muita gente nas ruas. Desse povo todo eu desconto, sempre, os desempregados, ou que trabalham em turnos, os aposentados e as donas de casa. Ainda sobra muita gente. Andando de um lado pro outro feitos baratas tontas, parados nas calçadas atrapalhando os pedestres apressados, conversando nas esquinas com outros desocupados.
De noite então, sem se fala. Não há alternativas já no final de semana, quem diria durante ela. Não temos cinema, não temos bares ou pubs, onde se possa ficar acolhido, quentinho, jogando conversa fora com os amigos. Não temos parques, só uma praça que ninguém freqüenta, porque não é o hábito da população e quem freqüenta, recebe olhares de dúvidas. Agora temos um shopping, que mais parece um centro comercial, e cada vez que entro nas lojas, já sei aonde estão todos os objetos pois pouco se troca as mercadorias, já que ninguém compra, e nem de lugar elas mudam.
Já sou amiga de balconistas, vendedoras, clientes, proprietários, enfim, já passei o rodo no “shopping”. E pra quem me conhece sabe que eu odeio esses conglomerados comerciais. Mas, diante de tanta diversidade por aqui creio que não tenho tanta escolha.
Mas tudo isso é para dar um apanhado geral do choque que levei quando cá cheguei. Amenizado pelo verão, onde as pessoas esperavam a Festa da Uva, o Carnaval, a Páscoa e com tudo isso, bailes, festas, churras e encontros nas ruas principais da cidade, para aproveitar o calor, cobiçar o sexo oposto (ou não), e encher a cara. O que acontece agora, no inverno, é outra situação. Basta uma brisa para as pessoas se recolherem. Vão nas locadoras e pegam os lançamentos bombas que só aqui têm, vão para a casa de namorados ou namoradas, ou, simplismente ficam em casa vendo tevê.
Ora, para quem veio de uma capital, que embora seus habitantes considerem provinciana, é efervescente, isso aqui é um buraco (e, geograficamente, é na verdade).
Ontem (16) estava descansada da semana corrida que foi, Então aceitei o convite da Léo para sair. Mas no sábado, aqui, é pedir para dar com a cara na porta. E foi o que aconteceu. Fomos na Valley, lugar que ainda não conheço, porque sempre que vou está fechado. Não satisfeitas de darmos com a cara na porta, fomos para o Gulas, tentar a sorte. Na esquina já vimos tudo: vazio também. Os poucos carros que ali estavam denunciava a quantidade de gente que poderia haver. O que não esperava é que seria bem pouco, na verdade, quase ninguém. Havia me esquecido que se houverem dez carros em frente ao estabelecimento não quer dizer que hajam 40 pessoas no local, e sim, somente, 10 pessoas. Cujas três estavam saindo.
Enfim, entramos, pedimos duas bohemias e fomos nos atualizar sobre os assuntinhos femininos. Como a Leonice é um radar, depois de tentar dar uma de Gabriel, O Pensador, com sua agendinha de celular, começou a pescar em volta. Não preciso dizer que o anzol caiu em outro peixe, hehehehe. Eu, como já tinha me dado conta dos indícios da noite, fiquei quietinha no meu canto. Cheguei até a cogitar a responder a uma cantadinha ruim de um cara abandonado por uma mulher numa mesa em frente a nossa. Mas quando ouvi a conversa dele, com a corajosa, ao celular, descartei na hora. Não estou no desespero assim. Depois, outro sinal surgiu para mim: ele estava tomando absinto. Não ia dar certo e eu iria fazer merda. Certo!!!
Enfim, não sei se a Léo se deu bem na final, o que sei é que encerramos a noite num tal de Boreréu, que estava bem mais cheio do que o Gulas, divertido e animado. Aliás, qual o bailão de beira de estrada não é assim?

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Nossa, já estava quase esquecendo de postar esse texto. Vai completar uma semana já! Putz

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