Nem com beijo de príncipe eu deixo de ser sapo
Falo
outra língua agora. Não, claro que não. Meu inglês continua sendo do país do
Caco Antibes. Bem ruim. No entanto, agora eu coaxo bem. Depois de quatro dias
de chuva intensa e intermitente, nem com beijo de príncipe eu deixo de ser
sapo.
Dizem
os meteorologistas que na quarta-feira, São Pedro pára de chorar. Estou na
torcida. Com a sua tristeza, nós, aqui de algumas localidades do Rio Grande do
Sul, estamos chorando também. É muita gente desabrigada, desalojada, cidades em
estado de calamidade pública, rios transbordando, literalmente. Milhares de
pessoas de comunidades ribeirinhas em risco.
Eu
tento ficar a parte dessa situação. Tanta desgraça com pessoas que já vivem
situações delicadas, marginalizadas, desprivilegiadas que faço de conta que
nada acontece. Mas não dá. Chegou a hora de arregaçar as mangas e ajudar do jeito
que está ao meu alcance. É hora de abrir o guarda-roupas. E doar.
Depois,
esperar que em setembro, quando a primavera chegar, os 18 dias de chuva não se confirmem.
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kkkkk