Música, Arte e Poesia [tudo junto e misturado]


Pela Luz dos Olhos Teus
Tom Jobim

(Ela canta)
Quando a luz dos olhos meus
E a luz dos olhos teus
Resolvem se encontrar

Ai, que bom que isso é meu Deus
Que frio que me dá o encontro desse olhar
Mas se a luz dos olhos teus
Resiste aos olhos meus
Só pra me provocar
Meu amor juro por Deus
Me sinto incendiar

(Ele canta)
Meu amor juro por Deus
Que a luz dos olhos meus
Já não pode esperar
Quero a luz dos olhos meus
Na luz dos olhos teus
Sem mais la ra ra ra...
Pela luz dos olhos teus
Eu acho meu amor que só se pode achar
Que a luz dos olhos meus precisa se casar


Paragem - Frida Kahlo

Na última semana houve várias homenagens. Sobre perdas, mas homenagens. Cazuza, o poeta endemoniado, morreu há 20 anos. Eu tinha 15 quando perdemos este artista brasileiro, irreverente, saliente... Jovem assim e já o admirava, já cantava suas canções, como se tivesse vivido um amor moído no liquidificador. Se soubesse o que representava isso na alma e no peito não haveria de me emocionar tanto com suas músicas.

Cazuza morreu jovem e eu sem ver seu show. Sem empolgar-me com suas palavras e gestos marcantes. Mas tudo bem. Eu o tenho em meus acervos musicais mesmo assim.

Há 20 anos também morria seu ídolo. Vinicius de Moraes foi sua referência desde pequeno. Na infância, Cazuza e Pedro Bial foram fazer um trabalho de escola na casa do poeta, que pela manhã já entornava uma garrafa de uísque e fumava charutos cubanos legítimos. Os dois, pequenos, sabiam de cor seus poemas. De cor e salteado o que havia de bom na literatura e a música brasileira. Resultado: os dois fizeram a tarefa para o colégio, mas chegaram bêbados e cheirando a fumo em suas casas.

Vinicius é um encanto. Aprecio suas palavras doces e amargas desde a adolescência, mas nem de longe conheço a sua obra. Lá, que uns versos e outros. Mas é de apaixonar qualquer um. Morreu cedo o poeta. Mas aos 66 anos o boêmio artista já havia se casado nove vezes, com justificativas ora canalhas, ora cafajestes. Ta. Ta. Tenho um pouco muito de inveja do cara. Já passei da metade de sua idade; não casei nem uma vez e muito menos fiz versos tão expressivos assim.

E a aniversariante da semana... Frida Kahlo. Minha singela homenagem a artista tão emotiva e surrealista estão em meus computadores. Primeiro no Lacraia, que humildemente se rendeu a dois adesivos da querida artista plástica mexicana. Do laptop ao netbook, algo mais incisivo. Dei seu nome ao meu micro notebook, além de outro adesivo seu.

Salvador Dali foi um gênio do surrealismo nas artes plásticas. Mas Frida em encantou pelo seu jeito simples de viver e amar a família e ao seu homem. De lutar pela sua própria vida e pelo seu trabalho. O que importa a agressividade em cores de suas emoções? Talvez, em meio a tantas desgraçadas vividas, eu também escreveria coisas sombrias... É por ela que desejo costear ou atravessar a América Latina e Central. Por este ícone da dramaturgia plástica que alimento o desejo de conhecer sua casa e as pirâmides que subiu em desafio a disposição de um velho comunista [e pelo rei do rock, banhar-me em Acapulco].

Mas, no momento, saúdo a todos estes três magos da música, das palavras e das artes, miscigenados. Minha reverência, humilde e simplória, aos meus ídolos.


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