Com os bichos soltos

Noite de calor intenso em Videira. Já era um prenúncio disso ao longo do dia, onde aqui embaixo no vale, o asfalto emanava o calor absorvido pelos raios de sol que dominou o dia. Será que posso chamar isso de uma das conseqüências do efeito estufa? O super aquecimento do solo urbano?

Enfim, era um calor dos diabos aqui na terra. No início da noite, de banho tomado e cheirosa, tive que descer para destrocar a confusão que fiz com as fitas da locadora. Daí percebi que chuva forte se aproxima. Estava muito abafado.

Logo, ao chegar em casa me pus a cozer um bolo de aipim, suflê de cenoura com chuchu [adoro] e carré de porco na frigideira. Tudo isso às dez da noite. E como toda mulher que cozinha como forma de reflexão, salguei a comida. Tanto, que estou tomando água até agora, de tanta catarse que fiz com o saleiro.

De porta aberta para aliviar o calor - e mesmo assim não adiantou - nem uma brisa entrava por ela. Só os bichos. Era uma infinidade realmente infinita deles, que passei mais tempo com a vassoura nas mãos do que a colher. Se numa noite de calor foi assim tiver que gastar um tubo de inseticida por semana, vai sair mais barato me mudar. De novo!




O inseto é um símbolo de ganância e prazer sexual. Nos contos de fadas, os insetos normalmente simbolizam precisão: eles são chamados para executarem tarefas impossíveis ao homem. Eles podem representar também praga e destruição, como os gafanhotos que assolaram o Egito na estória Bíblica de Daniel. Representam uma vida curta e efêmera, algumas vezes conectados ao sêmen e à concepção.

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