Sexo e a Cidade

Eu tenho inveja da Carrie Bradshaw, do Sex And The City. Iria adorar poder escrever sobre sexo e relacionamentos interpessoais como faz. É a minha cara, como diria meu amigo Pepe Legal. Mas, isso ficaria inviável em cidades como Videira e até Porto Alegre. Teria que ser, no mínimo, Rio de Janeiro ou São Paulo.
Sei, sei... O seriado é ficcional. Mas os questionamentos super adequados a realidade humano. É assim que as pessoas se relacionam na verdade, no dia-a-dia. Não estou falando de promiscuidade, mas sim de relacionamentos complexos e cheios de dúvidas, sem razões, desconexos, perdidos. Tudo isso em busca da felicidade a dois e do bem-estar comum do amor entre homem e mulher.
Particularmente eu acho a Carrie uma chata. Mas queria ser uma ela nesse momento. Já no campo sentimental somos completamente semelhantes. Muitas situações que passa com o Mr. Big eu já passei. Suas dúvidas e posturas eu já tive. Comportamentos movidos de desejo e amor por um homem que não tem noção da grandiosidade do sentimento que tenho por ele.
Sim, eu tenho um Mr. Big na minha vida. Mas, diferente do seriado, sei qual vai ser o final. Sempre soube. Aliás, as mulheres têm esse dom natural. De saber exatamente o que a razão do seu afeto pode fazer no próximo instante, com quem e até o porquê se decidir refletir sobre o assunto, racionalmente, e agüentar a resposta lógica. Esse ponto sim, a gente nunca tem coragem de chegar, pois também gostamos da ilusão.

P.S.: Eu acho a Carrie uma chata! Me identifico muito mais com a Samantha do que com a colunista metida. Mesmo querendo ter uma coluna igualzinha a dela, sou mais a quarentona descolada. O teste de revista on line confirmou essa minha tendência. Eu respondi duas vezes, de forma diferente, e os resultados foram unânimes: sou a Samantha... Fazeoquê! Huahuahua.