A viagem



Pois bem. Já faz mais de uma semana que fui a Porto Alegre. Para variar, tudo tudo foi uma dilícia. Não poderia ser diferente, assim como sempre penso que é pouco tempo. Mas dezembro está logo aí e volto para as festas de final de ano, num período breve de férias coletivas.
Desta vez, vou cumprir a promessa de fazer um breve relato sobre o que se passou, mas nada muito extenso, pois só fiz o registro das impressões durante a viagem de ida. Então vamos lá, por partes, como fez Jack - O estripador.
(In) Decisão
Cada vez que vejo passo pela cidade de Guaíba, de estar quase a beira do lago, avistando minha terra natal, agora com as luzes menos brilhosas devido o amanhecer mais cedo, penso em voltar. Cada vez que minha mãe me recebe, ela me faz pensar (e me deixa preocupada também, com algumas confissões). Assim como cada vez que falo com amigos lúcidos - sim, não tenho somente amigos doidos ou loucos -, eu volto a refletir, ponderar sobre essa possibilidade. E as vantagens (existem!!!) são tentadoras, os prós estão piscando, como se fossem luzes de Natal ou fachada em néon.
Buzão
Novo! Chegava a cheirar a novo. Não diria que está como a minha sugestão. Ainda falta o DVD e bancos mais confortáveis. Mesmo assim, o ônibus novo logo de início da a sensação que é “semi-leito”, tanto no espaço quanto na maciez da poltrona. Depois, ser uma das poucas passageiras com destino a Porto Alegre, e ter vários bancos a disposição, não tem preço, hehehe.
Banheiros
Nossa, banheiro de rodoviárias e pontos de paradas é o fim da picada. Poh, essa gente não tem noção do que é infra-estrutura adequada. Higienização? Grego! Eles conseguem ser pior do que banheiro de ônibus. Se tivesse espaço e não balançasse, seria tudo de bom!
Susto!
Sim, me assustei comigo mesma no espelho do banheiro na Vila Assis. Pode? Eu; uma guria linda, formosa e simpática, a me assustar com minha própria imagem. Foi o fim da picada! Às vezes não se pode ser linda 100%, então, me contentarei com 99,99%. : )
Frio
Como pode uma coisa dessas? Só faltou gear na madrugada de sexta-feira, 16.
Celular
A guria de Erechim, embarcou em Caçador, já que estava no ônibus quando ele estacionou em Videira. Estava indo para Erechim. Ouvi ela comentar ao celular com alguém, que questionava sua localização.
- Tô chegando em Erechim (o ônibus estava entrando na rodoviária de Joaçaba), disse a guria para alguém.
Eu, como de costume, desci, fumei, tomei um suco, comi um pastel (ruim pacas), antes de continuar a viagem. Algum tempo depois, já de volta a estrada, ela pertubou a minha audição (MP3) para sanar uma dúvida.
- Quanto tempo falta para chegar em Erechim?
- Ele deve chegar em torno de 24h30 (disse após olhar o relógio, que marcava 23h)
Fui simpática com ela. Até demais. Ela tinha um celular com toque polifônico e mais sei lá o que e também deveria tocar MP3, pois ela foi de Videira até Tangará (estou exagerando para dar mais drama) ouvindo música ruim de mais, sem fone de ouvido. Pior, ela repetia a mesma música várias vezes... A chata de Erechim...
Excursão
Uma galera de busão velho, sem ar condicionado, com janelas de abrir ainda, todo colorido e escrito escolar parou no ponto em Vila Assis. Lembrei dos tempos de criança, onde a gente fazia isso também. Do meu ônibus, ausente e frio, dava para perceber o calor humano e a vontade, o desejo de algo pelo perfil das pessoas que se preparavam para descer e descansar da viagem.
Bolo
A nega maluca continuava lá. Tentadora e com aspecto saboroso... Hummm. Mas estava eu no restaurante da Vila Assis...
Alegria
A alegria com que embarquei no ônibus, em Videira, e desembarquei em Porto Alegre, ah..., confesso a vocês que não sei dimensionar.
Shazan
Já em casa, lembrava no baby, meu gatinho manhoso e fedorento, como diz a tia Silvia. Mas sabia que a tia dele daria conta do recado, hehehe.
Montevidéo
Minhas tias estavam se preparando para a viagem ao Uruguai no final de semana que estive em casa. Era para eu ir com elas, se tivesse tempo disponível para esta viagem. Seria o máximo voltar a Montevidéo, a Punta Del Este, além de espraiar território em uma passagem rápida pela Argentina. Ai que vontade que deu!!! Só me restou fazer minha listinha de pedidos no comércio, pouco em conta, do Chuí.
Ônibus Turístico
Fiz o PP ir dar um rolê comigo pelo centrão. Precisava comprar minhas pilhas e carregador. Então, nos encontramos no sábado à tarde na City Down, onde ele mora, e subimos a pé, com breves paradas para refrescar a goela. Passamos por feiras de artesanato e de antiguidades, lojas de bolsas (virei o rosto e atravessei a rua rapidamente), tomei sorvete do Mac, tomamos mais cevas e comemos. Tudo isso regado a conversas sobre nós e os outros. Na volta, paramos para que o ônibus turístico seguisse seu destino.
- Tu já andou nesse ônibus; perguntei.
- Não, nunca andei; disse o PP.
- Eu também não, mas sempre tive vontade (comentei com uma vontade de acenar e pedir embarque. mas lembrei que tinha encontrinho mais logo à noite e fiquei com a boca aguando, mais uma vez...)
Retorno
Parecerá contraditório, mas eu gosto de voltar a Videira. Me sinto em casa também, mesmo que na ordem de preferência, seja a segunda. A primeira coisa que faço é tomar um chimas bem bom, e fumar um cigarrinho, da minha sacada tudo de bom! A impressão é como se fosse um recomeço. Não uma repetição, mas um recomeço...

Comentários

Barbara disse…
bah, e nenhum comentário sobre o encontro com as amigas! Magoei (snif, snif)

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