PRÊT-À-PORTER

Frio é psicológico

Não tem como evitar. O frio dos últimos dias e noites é o tema, se não principal, que está em voga entre as pessoas nas ruas. Você passa pelos vizinhos e as primeiras palavras trocadas, como comprimento, são: “Que frio!”
As condições climáticas nesta última semana nunca foram tão discutidas como agora. Os mais “experientes”, quando se despedem dos amigos na rodinha de bate-papo, ainda fazem previsões: “vai esfriar mais ainda, você vai ver.” Então, fico pensando cá com os meus botões, se realmente pode esfriar mais ainda...
O Estado teve frio recorde dos últimos 39 anos. Sou natural de Porto Alegre e mesmo no Rio Grande do Sul nunca passei por frio tão intenso como o que causou a massa de ar frio aqui no estado catarinense. Com 32 anos, esta baixa na temperatura também fez recorde na minha vida.
Na última terça-feira (29), os termômetros da Epagri/Inemet registraram a temperatura mais baixa do mês, em São Joaquim. Por volta das 7h estava -5°C. Há quase 40 anos, em 1968, a temperatura foi de -6,8°C. Isso tudo em conseqüência de uma massa de ar polar que cruzou por aqui. Mas se fosse somente isso, não tínhamos sentido tanto frio assim, só que a sensação térmica causada pelo vento foi como se estivesse bem mais frio.
Há uma semana estamos nos agasalhando mais, colocando mais cobertas sobre a cama para um sono mais tranqüilo e confortável. Nos alimentamos ingerindo comidas mais calóricas. E mesmo aqueles que não gostam do frio, acabam concordando que este outono rigoroso acaba aproximando as pessoas, nem que seja para comentar sobre a temperatura.
Porém, vivenciar este momento também nos coloca frente a realidades. Fica impossível não pensar nos menos abastados. Naqueles onde a casa tem ventilação natural, já que o vento forte e gélido passa por entre as frestas da madeira dos casebres. Nas pessoas que trabalham à noite ou, até mesmo, na madrugada. Nas famílias carentes ou moradores de rua.
Se antes cabia a observação brincalhona, trocada entre os jovens, de que o frio é psicológico, hoje ela não serve mais. A sensação térmica de -18°C não permite mais isso.

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1º de junho - Dia da Imprensa
No Brasil, a Imprensa surge em 1808, quando passou a circular, em 1º de junho, o "Correio Braziliense", editado em Londres por Hipólito José da Costa Pereira Furtado de Mendonça. Até 1999 o Dia da Imprensa era comemorado em 10 de setembro, em referência ao jornal "Gazeta do Rio de Janeiro", que também passou a circular em 1808, com a chegada da Família Real ao Brasil.
Na época, eram proibidas a impressão e a circulação de qualquer tipo de jornal ou livro no Brasil. O "Correio Braziliense" entrava clandestinamente, nos porões dos navios que transportavam mercadorias e escravos. Todo o cerco da Coroa Portuguesa ao incipiente jornalismo brasileiro temia a propagação de ideais de liberdade, igualdade e fraternidade que fervilhavam na Europa, especialmente na França, com os quais Hipólito mantinha uma certa identidade.
Os dois jornais tinham posições ideológicas antagônicas. Fugindo da Inquisição, Hipólito pregava a libertação do Brasil dos domínios de Portugal; enquanto a Gazeta, dirigida por Frei Tibúrcio José da Costa, funcionava como um diário oficial da Corte.
Em 1999, o então presidente Fernando Henrique Cardoso publicou a lei nº 9.831, sancionada pelo Congresso Nacional, que coloca 1° de Junho como o Dia da Imprensa em todo o Brasil. Então, aos colegas de profissão e trabalho, parabéns pela passagem da data.


Comentários

Escrivinhadora disse…
Apapu, conhece?

Não sei se tá mais frio aí do que aqui, só sei que eu detesto frio e quero meu verãozinho de voltaaa!!! Frio só era bom no Uruguai, de folga, com dinheiro no bolso e hotel quentinho. Coisa de gente chique. Pobre e no Brasil tem que ser verão... heheheh

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