L. A. S.

No horário de verão, hoje é domingo. Ou seja, estou escrevendo este texto no dia 3 de dezembro. O que é não é a realidade. Hoje é sábado, 2 de dezembro de 06. Mas isso não importa. O que interessa é que o Luiz já foi embora. Ele subiu na sua motoca e zarpou para o seu futuro. Agora eu estou sem um braço, ou sem uma perna, ou melhor, sem um membro, importante, que me fará falta.
Vou tentar, mais uma vez, dizer o que ele representa para mim:
- Um amigo ou amiga, já que entende um pouco do universo feminino, embora a pouca idade;
- Um irmão, cujo companheirismo e apoio foram mais presentes que os laços de sangue inexistente;
- Um crítico despudorado, um profissional de gabarito, um colega criativo e cheio de boas idéias. Meu pauteiro.
- Meu apoio emocional, um rosto conhecido e amistoso;
- Meu sensor e âncora.
Não sei o que vai ser de mim hoje. Vou olhar para o lado e vou ver o “Chorão”, colega de curso que o Luiz indicou para seu trabalho. Não vou ver aquele sorriso bonito, a cicatriz no nariz, os cílios femininos e o cabelo mais feio que já vi em um homem.
Mesmo com uma sensação de abandono, deixo o meu egoísmo de lado e torso, de todo o meu coração, para que ele obtenha sucesso, que possa mostrar o seu trabalho excelente, aonde estiver, e que alcance todos os seus objetivos, além de ser feliz. Sancho Pança: Eu te amo!P.S.: Se a Silvitcha for embora também eu vou fechar o barraco e tentar outros prados. Posso sobreviver sem um braço ou sem uma perna, mas sem os dois é demais para mim.

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