Outra da Martha (Medeiros)

eu minto, confesso
me faço de boa, verdade
escondo aidade, me calo
me sinto tão mal, um inferno
represento um papel, infeliz
quem diz que eu não qeruo, eu consigo
viver por um triz, enlouqueço
te esqueço e te mato, te amo
atrás de um muro, qualquer
outro dia amanheço, de novo
e falo bobagens, pudera
não sou tão sensata, avisei
sem nada de mais, me despeço

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estou relendo a Martha Medeiros (Persona Non Grata). de tudo que escreve, esse livro de poemas é o único que gosto. literatura do cotidiano, bem a minha cara, bem o meu jeito, bem eu.

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