Eu mesmo disse II

Gosto das tuas críticas, elas são bem embasadas. Isso me deixa curiosa para saber com o ramo que lidas. Hehehehe, na verdade eu estou em desvantagem nesta relação que deveria ser apenas virtual. Tu já me viste duas vezes, sabe minha profissão, meu nome, lê minhas matérias e só sei teu nickname. Mas tudo bem, vou aproveitar teu senso crítico, tua lógica, para me aproximar da cultura local e aprimorar meu trabalho.
Bom, realmente eu escrevo de forma seca. Aprendi a escrever assim na escola. Nós jornalistas não podemos opinar em textos jornalísticos. Então, para não incorrer neste erro acabo sendo sem emoção, como diz. Mas eu não acho ruim, embora não seja o leitor, por isso vou levar em consideração esta tua colocação, afinal, eu só escrevo porque tem pessoas que lêem. Então, tenho que fazer bonitinho, hehehe.
Em relação a matéria da comunidade islâmica, por exemplo eu omiti de propósito a informação de que o abate "halal" atinge também outros animais. Não estava em questão isso, já que eles são contratados para fazerem o corte de frango. Sobre a grafia das palavras eu conferi todas elas com a fonte, menos esta, foi um erro. Não é fácil escrever sobre uma cultura tão complexa quanto a dos muçulmanos, ainda mais quando as fontes têm forte sotaque e uma delas fala quase nada de português. Fiquei com muito receio de escreve-la.
Já a questão sobre a pontuação são falhas que acontecem. Não sou a big boss do jornalismo escrito e revisar o próprio texto, além do que já faço quando acabo de escrever não é um processo que me excluiu de erros primários como este. Por mais que eu tenha cuidados, sempre vão haver erros.
Não costumamos citar a cidade no texto. Às vezes é inevitável, mas se prestar atenção verá que todos os textos possuem uma cartola no início, em negrito, com o nome da cidade onde acontece o tema central de cada matéria. É um padrão do jornal, que eu, como peão, tenho que seguir, e o leitor se habituar.
Sobre a outra matéria, tu foste de lascar, hehehe, mas tudo bem, como diz o dito popular: “quem fala o que quer, ouvi o que não quer”. O texto era meu, baseado na transcrição da gravação da entrevista. Então, eu fui descuidada ao ponto de não ter adequado, corretamente, a transcrição para as normas jornalísticas. Por isso os possíveis erros de concordância. Digo possível porque não reli a matéria depois das tuas colocações. Já as frases em primeira pessoa, devem estar entre aspas, como citação da fonte, se não estiverem, mais um erro.
A sigla foi um erro que percebi quando vi o relógio. Para mim Cicoob era um Sistema e não Cooperativa. Outro descuido, não ter conferido a grafia enquanto escrevia.
Bom, agradeço por ter se disposto a fazer a análise. Também pelo voto de credibilidade em dizer que sou capaz de melhorar. É bom saber que tem alguém, além do meu pai e da minha mãe (hehehe) que acredita na minha capacidade.
Ah, vou escrever uma coluna. Essa sim vou me soltar, mas fico até com medo de fazer isso e ser mal interpretada. Gosto de polemizar, mas tb não quero que me expulsem da cidade, como tu já fizeste duas vezes. Então, ainda estou um pouco receosa. Mas fique tranqüilo, já não vou mais falar mal da cidade, até porque eu já gosto daqui.
Un bisou.
P.S.: vê se libera teu email para mim, o meu blog não vai virar um fórum de discussão. Já basta ele ter virado meu diário eletrônico.

Comentários

Anônimo disse…
Hola! Que momento, hein?
Bom, quanto às tuas explicações, digo que elas não me servem. Se eu fosse teu chefe, te demitia. Jornalista tem o dever de informar corretamente. Além disso, como formador de opinião, não deve travecar siglas ou omitir informações, já que este é o preceito básico da sua existência numa sociedade organizada.
No caso do abate "halal", beleza que estava em questão o corte do pescoço do frango, mas a sigla é abrangente. Ela não se restringe somente a tal, por isso deve ser informado ao leitor, este sim, que não é obrigado de saber. É diferente de você ser agrônomo, quando sabe-se óbvio que és engenheiro também, por consequência. Engenheiro agrônomo.
E, quem não sabe como se escreve Sicoob ou Xeque, pode sim se deixar influenciar pelo que lê e replicar o erro. Você escreveu Cicoob e Scheikh, só para lembrar.
Com relação a citação da cidade, até concordo com a explicação, mas continuo achando errada.
No caso da entrevista com o secretário, se você ler no site do seu jornal o que escreveu, realmente vai se impressionar. Um recorte qualquer ou uma receita iriam melhor naquele espaço.
Quanto à coluna, achei legal. Mas dê personalidade à ela. Não transcreva simplesmente o que você cata de outros meios, como fazem seus colegas por ai. Se ela for do seu jeito, será legal!
Por fim, te digo que o jornalismo moderno permite sim a colocação de algumas emoções no texto, não se equivoque. E seus leitores vão gostar, desde que você não aplique a novidade em doses cavalares. Lembre-se também, que você precisa informar a quem vai ler. Uma coluna sem informação é o mesmo que nada.
Esquece a possibilidade de ter meu e-mail.
Arrivederte!
Hehehehehe. Bom, creio que sabia a resposta sobre o email, mas a esperança é a última que morre, hehehe. Ah, ainda bem que tu não és meu chefe, mesmo assim, nem precisaria ser, eu tenho senso crítico: me demiti há 10 dias. Espero sair até o final do ano. Já sobre a emoção, conheço o jornalismo literário, mas penso que ele deva ser aplicado apenas sob determinados temas. Ele vai cair bem para a minha coluna.
Bjocas

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