Resistindo as tentações, maio, 129 kg
Não posso negar. Estou na minha
melhor e pior fase. A melhor por que estou empregada. E nesse ambiente venho
aprendendo coisas novas, melhorando a cada dia, me relacionando bem com os
colegas [isso a gente nunca sabe ao certo]. Também estou desenvolvendo a capacidade
de cumprir horários e de cumprir metas. Todos os dias, enquanto o computador “aquece”
e faço minha lista de atividades para o dia, eu penso: Só por hoje eu não
cheguei atrasada. No final do expediente, avalio: Só por hoje eu não deixei
trabalho para o dia seguinte. E fico feliz.
Também estou bem pois tenho tido
outras oportunidades. São Jobs, mas que me dão uma rentabilidade boa. São eles
que me dão um pouco mais de liberdade na segunda quinzena do mês. Que pagam
minha cerveja com os amigos, o pagode com as gurias e os almoços e os táxis de
sábados com a mami. Espero que sejam eles que também me ajudem a economizar, se
também conseguir resistir ao consumismo. E preciso...
Mas além de complementar o
sustento e promover as delícias da vida, esses frilas me estimulam no processo
criativo, me dão autoconfiança quando o cliente retorna com a avaliação positiva
ou um novo pedido. Geralmente tem sido os dois. E é quando respiro aliviada a
tensão, o medo, a insegurança do que me assombra às vezes: “Será que sou capaz?”
Sim, a dúvida me ronda e me mata aos poucos por alguns dias. Até que vejo tudo
se desenrolando tranquilamente e tomando formas perfeitas. Suspiro feliz,
novamente.
Na melhor fase por que minha
família é forte, guerreira, lutadora e mesmo com todos os impropérios que a
vida mundana nos apresenta, ela está bem. Por que a cada dia, quando dominamos
um leão, matamos um dragão, me sinto orgulhosa de ter caído nesse núcleo de
gente desorganizada; de fazer parte de um grupo de pessoas de coração bom,
embora cheio de imperfeições. De pessoas majestosas. Sou completa aqui, entre
eles, pois o clã dos Barcellos me deu o dom de persistir e lutar sempre, de
seguir em frente. Já o clã dos Araújo me deu a capacidade de regenerar-me, de
ousar, de buscar energias e ser forte, além da capacidade de sonhar e
aproveitar a vida.
No entanto, o lado negativo, o
reverso da Nega, é a obesidade. Estou na minha pior fase. Gorda, sem resistência,
com joelhos rangendo além da conta, disforme e andando como uma gorda mesmo,
pros lados, parecendo um misto de Umpa Lumpa com Teletubbies. Aff... O
guarda-roupa cheio de peças novas e seminovas de invernos em que estive menos
adiposa. O jeito foi encaixotar alguma coisa e doar outras, além de sair para
comprar o básico. Sem extravagâncias. Se ao menos eu tivesse a minha
flexibilidade de volta, estaria feliz..
Por essas e outras decidi encarar
uns cortes na minha alimentação. Não é dieta. Isso eu sei que não funciona
enquanto não estiver psicologicamente preparada para emagrecer. Para encarar o
processo de reeducação alimentar. Então, só volto para o consultório da
nutricionista depois de emagrecer 3kg. E farei isso cortando os dois docinhos
diários que como, além do café da manhã com pizza ou pastel de forno da tia do
lanche. Nada mais de bolo de chocolate ou de cenoura também. E no almoço, sem
essa de encher o prato de todos os carboidratos que têm no Buffet. Muita
salada, os 120 gramas de carne e uma, apenas uma colher de carboidrato. E olhe
lá. Ah, e não jantar mais às 23 horas. Para acelerar o metabolismo velho e
lento, mais uns três meses de musculação.
Há de dar certo. Ou ao menos não
engordar mais. Preciso sair dessa má fase... Preciso!
Comentários
bjs da Rou.
kkkkk
azar o teu, quem mandou aceitar
Se eu estivesse fofa, mesmo entre aspas, estaria feliz. Rá. Tu não tá entendendo...
Rou
Que saudades de ti guria. Tu fofa, entre aspas, também... [2] Bá!
Anônimo
Antes rir do que chorar. Rá. Gorda, mas gostosa, roliçamente gostosa. Mas só eu acredito nisso...
Jana
Eu não tenho dúvidas da tua contribuição nesse processo.