O fim da linha...



Finais de semana são sempre uma delícia. Dão-nos a oportunidade de conviver com a família, de forma bem relaxada, sem a tensão do dia a dia. E quando não é ela, são os amigos que estão em nossa volta. Nossa segunda família. Assim foi meu sábado e domingo. Com amigos, no antigo apê, que, aliás, não sinto falta e nem saudades. Talvez seja por que “meu lar é onde estão meus sapatos”.

Então, estava eu feliz e já em casa, tranquila, após uma conversa pela webcam com a minha irmã e prima do Rio. Conheci o João Pedro, afilhado da mana, seus pais e até avó. Vários minutos de conversa à toa, bem no estilo dos Barcellos de Araújo. Até que no meu scrapbook chega um recado, avisando do paradeiro da Cristina, uma guria que conheci por meio de uma amiga, na minha casa. Uma guria com quem sai duas vezes quando fui a Porto Alegre, matar a saudade dos amigos e da família.

Lembrei na hora da fobia que desenvolvi longe de casa, em relação a felicidade. Quando estou bem, leve, confortável e feliz, vem o destino e dá aquela surpresa. Daí fico inventado crendices, como o inferno astral [Jana, meu medo tem uma razão]. Fico então cheia de receios quando tenho esses períodos de plenitude. Hoje eu fiquei chocada por minutos em frente a tela do Lacraia, lendo aquelas poucas linhas.
Em junho, a Cristina mudou de endereço de forma drástica, mas bem corriqueira nos grandes centros. Um carro, circunstâncias que nunca serão conhecidas, uma colisão. No caso dela, com um poste.

Foi o suficiente para ficar triste, mesmo sabendo que pouco contato físico tive com ela, além das mensagens pelo Orkut, e a promessa de um novo encontro para sambalançar pela cidade. Parceria de primeira para noitadas. Talvez seja por isso que partiu na madrugada. O gosto pela noite... Fui fazer o que nunca faço no orkut dos outros: fuxicar. Percebi que ela era mais do que boa companhia para festa. Mas não tivemos tempo para isso.

E agora vou confessar um grande medo: morrer cedo. A Cris tinha 33 anos. Nova demais para um ser cheio de energia e com várias possibilidades de futuro... Não quero partir pelos próximos 50 anos desse plano. Tá decidido. O encontro com a dona Morte, só ápós os 85 anos.
Mas tenho prometido a mim mesma ser o meio termo daqui pra frente. Nada mais de 8 ou 80. Por isso que, talvez, Sá e Guarabyra tenham razão. A gente tem que saber ser dono do nosso destino. Partir quando se tem que partir. Ficar se tem que ficar.

Meu Lar é Onde Estão Meus Sapatos
Sá e Guarabyra


Comentários

jana disse…
oi linda!!!
vc não pode relacionar o seu bem estar, seus momentos felizes com estes acontecimentos trágicos.
eles acontecem pq tem que acontecer independente do que esta acontecendo com os outros.
mas eu te compreendo (um pouco)

estava silenciosa pq não me identifiquei com a crônica das gordas pq sou magerrima e não me identifiquei com o post da padaria pq não vou ficar em casa esperando marido lembrar de mim. ou vou com ele as comras ou vou eu mesmo na padaria comprar muitos sonhos e muitos salgados.
aproveitar para gastar o dinheiro do querido

ontem fiz meu papel de cidadão e fui votar.
meu NÃO ganhou
urru, o estaleiro é nosso

bjs e boa semana
eu sei que tu tens razão. eu sei... mas vá explicar para meu subconsciente?

ah, faz tempo que estou para postar sobre o estaleiro. achei ótima a notícia. finalmente, vamos invadir essa praia. hehehe.

p.s.: eu sei que tu é magérrima, sua bruca seca e cabeluda... hehehe
Pp disse…
Não xinga ela...
PP, querido, essa mulher te enfeitiçou... Só falo verdades sobre a personalidade da tua namorida. Hehehehe. Garanto que ela deve estar te ameaçando para ter feito esse comentário em sua defesa. Garanto... Bjocas

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