A cegueira do Mundo...



Pior cego é aquele que não quer ver. Já diz o dito popular. E depois de ver Blindness, filme baseado na obra de José Saramago, Ensaio Sobre a Cegueira, e dirigido por Fernando Meirelles, concordo plenamente com essa fala. O filme é lindo e cruel ao mesmo tempo, ao estilo do ser humano. Somos capazes de atos benevolentes, lindos, solidários, ao mesmo tempo somos vis, falhos, ruins.

Eu vi o filme e agora deu vontade de ler o livro, muitas vezes indicado pela mãe da Karine, minha amiga de Porto Alegre, e quem me ensinou a fazer o Bolo Ovo de Páscoa, vulgarmente chamado de Bolovo pela Rou. Ela faz uma das minhas sobremesas favoritas também e que até hoje não aprendi a falar: Profiterólis [tive que colar do Google a grafia também]. A mãe da Ká faz delícias na cozinha e já fiz tantas receitas dadas por ela, que umas decorei, outras esqueci, com o passar do tempo. Mas a indicação de leitura nunca, exatamente sobre essa obra do Saramago, que até já virou peça num Porto Alegre Em Cena, visto também pela dona Cleni, nunca esqueci. Só não segui...

Evitei na verdade. Talvez para evitar também o choque sobre até que ponto o ser humano pode chegar por seus objetivos, seus idéias, suas vontades, luxúrias, ganância, arrogância, pelo seu ego... Já presenciei algumas coisas no meu cotidiano. Nada muito violento ou amoral, mas o suficiente para me mostrar até onde nos podemos ir. E é baixo, muito além do subsolo, da camada superficial da terra. Tudo em prol de nossas crenças.

Só que às vezes esquecemos quem somos. Só pode ser. Não há explicação para nos tornamos o tipo mais desprezível, ou aquele tipo de pessoa que recriminamos ou costumamos criticar. O porquê disso também não sei, afinal, ninguém pode ser tão pior ou melhor do outro, alem do que para mim resume-se naqueles preceitos básicos: não mataras.

Enfim, nos afastamos tanto de nos mesmo, que muitas vezes agimos como o vizinho, o conhecido, o colega, o amigo o inimigo. Alguns conseguem cair em si e voltar ao caminho, outros, continuam a seguir os planos alheios, cegos. E sobre a cegueira do Mundo...sobre a cegueira do Mundo...
***
Meu amigo, querido, Luiz Tigrão fez um post lindo depois de ver esse filme no cinema. Confira sua versão sobre cegueira do Mundo no Entre Uma Santa e Um Porto.

Comentários

Elaine Gaspareto disse…
Olá!
Querida, tenho um selo para você no blog; não sei ao certo se você é ou não adepta de selos e afins, fique à vontade para declinar.
Beijos.

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