Ai que vontade...

...de comer doce de jaca com creme de leite. Não, isso não! Pra sorte da Silvitcha. Mas de resto, tô devorando tudo. Seja bom ou ruim, do meu paladar ou não. Se não tivesse certeza absoluta, mas absoluta mesmo, até desconfiaria de que estou grávida. Porém, desejos, quando não são desejos são apenas gula.

Eu não gosto de Coca-cola, aliás, não gosto de refrigerantes, mas ingeri aproximadamente 300 ml do ouro negro e líquido para alguns, e comestível, sem açucar. Ou seja, tomei Coca-cola Zero gente, que nojo! E nem estava com ressaca ou dor de barriga.

Também não gosto de salsicha, mas devorei cinco delas ontem, no meio do pão baguete, ao molho de tomate com ricota e ervilhas frescas. Sim, pasmem, eu que separo as ervilhas de todos, mas todos os pratos preparados com esse legumezinho, comi intencionalmente, várias delas, ontem à noite. E gostei...

Tudo isso sendo degustado lentamente em frente a tevê, sentadinha no sofá. De repente, ao olhar para o aparador de pratos (minha barriga) lembrei da minha ginecologista, que não me vê há um ano. Com certeza, se entrasse no consultório dela me diria: "Como não está fazendo o pré-natal comigo?"

Aliás, os tempos atuais me lembram minha juventude obesa, quando ia ao centro de Porto Alegre pagar as contas do mês para os meus pais. Sempre entrava na fila preferencial, afinal, gravidez na adolescência sempre foi comum do século XIX pra cá. Quem iria questionar uma jovem guria, barriguda, de vestido, na fila dos idosos, portadores de necessidades e gestantes. Quem?

Talvez - quem sabe - de repente - estaria na hora de uma reeducação alimentar. Antes que a dispensa aqui de casa fique vazia...