Prazo de validade


Não costumo dar muita importância a prazos de validade em produtos alimentícios, remédios e coisa e tal após eles vencerem nas prateleiras da minha casa. Mas a respeito de decisões, atos, comportamentos, promessas da vida sim. Isso me toca...

Pois então, o meu prazo de validade está vencido. Um ano já. Vou explicar... Quando cheguei em Videira, disse ao Nandiko que ficaria em Videira por no máximo dois anos. A data de registro seria a da chegada por aqui, que é hoje: 16 de janeiro.
Há três anos desembarquei numa manhã de segunda-feira na cidade; um pouco assustada, com medo, curiosa, ansiosa e disposta a me aventurar. Estava feliz pela decisão e ao mesmo tempo triste. Várias emoções se mesclaram em mim naquele período, que só foram se intensificando com o passar dos meses e com os acontecimentos da vida. Mas como quase tudo na minha vida, não tenho nenhum arrependimento, principalmente em relação a ter aceitado ao convite inusitado do então, recente amigo.

Desde então, muitas coisas aconteceram comigo, numa rapidez como se vivesse na sob a velocidade da luz. Inexplicável! Fui feliz e triste várias vezes, mas numa troca tão rápida, que até o David Coperphild ficaria assombrado. Fui surpreendida, recompensada, tive perdas. Fui amada e odiada. Conquistei amigos, desenvolvi inimigos (item exclusivo daqui). Chorei muito, ri demais também. Me preocupei na mesma intensidade em que sosseguei.

Hoje não sei dizer o que me mantém em Videira. Costumo dizer que é por causa do emprego, afinal, as oportunidades estão raras nos grandes centros e agora parece que o desemprego se espalha também para os pequenos. Mas não... Bem dentro de mim sei bem que não é pelo trabalho certo. Porém, em relação a isso tenho que agradecer a esta cidade, que me deu a chance de atuar como repórter de jornal. De poder errar, assumir e corrigir sem ônus para minha carreira. De tentar experiências e receitas novas no processo jornalístico, de poder aprender sem pressa, de conhecer pessoas e ‘pessoas’. E principalmente de ter liberdade na forma de atuar. Experiência inigualável que nem as desvantagens e dificuldades existentes podem sufocar (afinal, nem tudo – mesmo – são flores).

Mas, uma coisa é certa e isso é algo que valorizo muito e que é único e exclusivo de Videira. Aqui em aprendi a me conhecer melhor. Hoje eu sei do que sou capaz, até onde posso ir, da intensidade dos meus sentimentos, da minha capacidade de julgamento, pré-conceitos, desejos e medos. Hoje eu sei como sou 100%... E isso é o meu maior mérito conquistado nessa cidade. Thanks Videira City! Mas não virei chapa branca não. As críticas continuam fervilhando na mente e estou animada de novo para expô-las. Aguardem...
OBS.
Vai te preparando Eu Mesmo Disse. O debate voltará. Mas acho que agora tu já sabe que pode me expulsar o quanto quiser, que só saio quando eu querer... Huahuahua.

Comentários

Então menina!O importante não é onde estás e sim que sejas feliz.Eu que vim só para saber como era Floripa e aqui estou há seis anos já,aprendendo mais e mais a cada dia.Boa sorte pra nós né.Beijos
Eli, tu tens toda razão baby. Que sejamos todos felizes aonde for que estivermos. E pode dizer que estou assim: feliz!
menina fê disse…
penso que, por experiência própria, o que te segura em videira, não é a cidade... são a tua coragem, persistência, felicidade, transgressão e vontade! afinal, esses sentimentos aconteceriam e qualquer lugar!

parabéns.
gosto de te ouvir!

bjão da fê =D

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