Eu menti!

Sim, tenho mentido várias vezes, para algumas pessoas, queridas pessoas, e para mim também. Tenho dito meias verdades e isso quase está virando um hábito. E a conseqüência disso só eu sei, porque só a mim faz mal.
Estive em Porto Alegre e lá eu menti também. Respondi inverdades para meu pai com o intuito de não preocupa-lo, de polpa-lo e para me dar mais tempo. Eu abro os olhos, mas é desnecessário, por que sou visionária para algumas coisas, mas, em seguida fecho-os e digo para mim mesma que estou enganada.
Tenho passado as mãos sobre a minha própria cabeça, me perdoado de erros que ainda não cometi, me arrependido de coisas que ainda não fiz. E assim vai passando o tempo que tanto quero e não posso usufruir. E assim vou adiando tomar decisões que não, mas que sei que preciso.
Ah, decisões. Isso já é outra coisa que não tenho feito. Estou apegada a ilusões criadas sobre as mentiras me confidencio todos os dias. Com isso vou adianto atos praticáveis, executáveis, por medo de abrir mão de poucas coisas, mas significativas. Tenho que dar seqüência no processo que iniciei em abril e não tenho coragem de me desapegar das pessoas. Sim pessoas, porque aqui em Videira não tenho objetos. O que me prende nesta cidade é a minha pequena, e ao mesmo tempo grande, família. O que me prende nesta cidade é o medo de recomeçar, e passar por tudo de novo. Encarar o estranho, o desconhecido.
Fico pensando até quando vou ter que recomeçar ciclos? Até que ponto eu fico presa a paixões, a amores? Por que a base de toda a minha angústia são meus amores, é claro! Ainda não tenho a capacidade de me desapegar de quem amo, assim como quem troca de roupa. Então, fico girando em torno dessas pessoas, que graças a Deus me retribuem com sincera afeição, desfrutando de relações inexplicáveis em palavras. Só em atos.
Também sei que aonde estiver não deixarei de amá-las, assim como serei esquecida, mas o contato físico faz falta para mim. Eu vivo do toque, pois meus amores têm corpo, toma corpo, se espalha e acolhe. Talvez seja por isso que para esticar um pouco mais de tudo isso, tenho mentido...
Esse final de semana comecei a me preocupar, me angustiar, me ausentar de mim mesma. É chegado o momento de ter que dizer sim para algumas pessoas, sobre algumas coisas e de dizer não para outras. E não quero. Não mudaria muita coisa agora em minha vida, se não tivesse que seguir em frente, adiante, porque aqui também descobri que não sei amar ninguém sem antes me amar. Não posso desrespeitar isto, assim como não com mais ninguém.
Como costumo dizer: a única certeza que sei é de que nada sei. Me apropriei desta fala de Sócrates há meses e me cai bem. E vou adapta-la agora, com perdão a este grande pensador. A única verdade que digo é que continuo amando as mesmas pessoas, ainda mais, a cada dia que passa.
Confuso né? Pois é...

Comentários

Anônimo disse…
Espero que em POA vc não tenha mentido qdo disse que gostou do meu presente e da nossa janta.
Ainda não tomamos a nossa champagne. acho que vou esperar vc voltar, afinal, ainda tem o gel que eu esqueci de te dar. Aí a noite vai ser quente.... he he he
Anônimo disse…
Ah! Coloque a meia calça beringela.
Agora estou comendo legumes.
he he he
Querida, adorei o estojo leva tudo e a janta tava mais que ótima, só acho que se o Alex se separar nós vamos ter uma parcela de culpa, ehehe. E a indelicada foi eu de n ter levado nada, além da vontade de comer e beber. Então, pode tomar a champagne de vcs, que levo uma da próxima vez, hehehe. Bjo queridona e te escrevo essa semana ainda. Acho que tu é uma tança mesmo, já que n consegue me enviar emails, hhahaha.

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