O livro



Este é o meu livro de memórias. Já falei dele aqui e também já postei esta mesma foto antes. Então, não vou contar tudo de novo.

Fazem alguns dias que não escrevo nele. Não tenho tido vontade, como antes, onde a cada cinco minutos eu pegava o lápis e saia rabiscando. Teve uma semana em que até o carregava na bolsa, para desaguar minhas lágrimas nas páginas dele, minhas emoções, sensações, temores, constatações, fatos e amores.

Só que ontem à noite me veio uma vontade forte de rabiscar nele e falar do que tava sentindo, de um novo sentido. Então, fiquei "gel" no sofá, assistindo Lost, tentando enganar minhas emoções com um pouco de suspense do seriado. Não consegui, pois, após terminar de ver os quatro episódios do 5º DVD, a vontade se manifestou de novo. Então, fiquei deitada no sofá, olhando a tela de abertura do DVD até pegar no sono.

Às 1h25 eu acordo com fome, com sede, com a tevê e o DVD desligados e com a vontade louca de escrever. Pensei em vir para o Fred, mas, desculpem, não era assunto a web. Ou era e eu que não quis e não quero revelar. Por isso a existência do livro. Para a falta de coragem, de palavras em dizer, em demonstrar, os mais recônditos anseios, sentimentos e prazeres.

Enfim, depois de uma passada pela cozinha, que resultou em uma xícara de chá morno e o restante da minha cuca de uva favorita fui dormir. Deitei a cabeça nos travesseiros e mais uma vez veio a vontade de ficar de bruços sobre a cama e escrever. Mas não o fiz. Sim. Ainda resisto a ela. Na tentativa de evitar assumir, preto no branco, o que me incomoda, e que tento ignorar desde ontem, para ver se me mantenho na "esquina paranóia delirante, mas na paz" dos últimos dias. E sim, mais uma vez tenho receios de assumir descobertas que me deixam vulneráveis a mesma pessoa. Me refiro aquele que sopra dentro do meu peito, balançando meu coração, a cada manhã, quando abro os olhos e me dou conta de um outro dia.

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