Cor de Rosa e Carvão: porque ele existe?

Lá pelos meados de 2003 eu decidi que tudo que queria, sonhava, objetivava iria por em prática. Morava, então, em Porto Alegre ainda, minha cidade natal. Tinha um ano de formação em jornalismo e prestava assessoria para o Detran/RS. Lá conheci gente inteligente, bacana, bonita, humana e gente do mal, como sempre, mas estes eram em menor número.
Com um salário ínfimo para tudo que tinha que fazer, consegui concretizar coisas que sempre quis ter feito, ainda na adolescência, mas que a situação financeira da família não permitita tantas bobagens. Para saciar estes desejos comecei a fazer jazz. Sim, eu, uma mulher de quase 30 anos (e gorda), fez jazz na escola de uma dança de uma antiga colega de estágio, ao lado de duas crianças, de cerca de 9 anos, que me davam um baile, hahaha. Nisso também decidi fazer hidroginástica, para me dar um pouco de resistência.
No primeiro trabalho depois de formada, com o incentivo do Paulo Meira, coordenador de primeira e poliglota, fui fazer francês, na aliança francesa, uma ano depois. No meu aniversário ele me presenteou com uma pasta da Aliança, com o livro Blade Runner, em francês. Adorei. Ele tinha sido bolsista na Aliança, então me inscrevi e consegui uma bolsa de 75% para cursar francês.
No mesmo ano fui fazer uma oficina de textos. Desde a faculdade eu tinha vontade tentar uma vaga na oficina do Assis Brasil, escritor e professor gaúcho, que ministra o curso na PUC. Todo o ano pegava os formulários para concorrer a uma vaga. Em um estágio, na assessoria de comunicação da CEEE, a coordenadora de lá já havia me indicado e isso já havia sido há 10 anos. Foi só em 2004 que tomei coragem e decidi, mas então me inscrevi na oficina do Charles Kiefer. A indicação veio da minha amiga Clá, amiga e profissional de comunicação e marketing dedicada, que conheci quando trabalhei no Detran.
Foi cursando a oficina que decidi criar um blog para mim. Para publicar esses textos. Expor minhas criações para a crítica alheia. Mas, nele, também abri espaço para a publicação de textos de escritores favoritos, contos e crônicas de amigos, poemas que adoro, poetas que conheci, enfim, um espaço para a cultura literária. Ele também se chamava Cor de Rosa e Carvão, mas não era deste servidor. Quando comecei a encher o saco dos templates do The Blog, mudei para cá: Blogspot.
Então, dois anos se passaram e muitas coisas aconteceram na minha vida, como sempre (eu é que não havia percebido isto, que as coisas aconteciam rápidas demais para em mim e comigo). E em 2006 vim parar aqui em Videira. Até abril, eu escrevia contos sobre fatos divertidos ou marcantes que aconteciam comigo. Às vezes alguns eram ficção. Estava exercitando essa forma de escrita. Mas, em Maio tudo mudou. Me dei conta de um amor negado, primeiro por mim, então passei a escrever sobre meus sentimentos e este blog ficou pesado, dolorido e triste demais.
Andei relendo post antigos. Vou continuar fazendo a retrospectiva. Enfim, agora continuo amando, a mesma pessoa, mas tá tudo bem. Sai da tormenta eu acho. O que sei é que este espaço está se transformando de novo. E depois de ler meus contos, estou pensando em retomar com afinco o estilo. O que sei é que agora ando feliz. Às vezes tenho recaída, mas estou feliz comigo mesma e com o meu blog, que sempre falou um pouco sobre mim e outras pessoas, mas como sempre, deixo as pessoas entrarem e ficarem a vontade.
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Quem me indicou este meme para falar por que criei o meu blog, foi a Marcelle. Minha tarefa agora é indicar algumas pessoas, as quais eu tenho curiosidade em saber por que criaram os seus blogs. Espero que cumpram a corrente. É bem facinho, seu relaxados!
1. EV - http://www.periferico.blogspot.com
2. Iaran - http://www.mendigorockvirtual.blogspot.com
3. Luana - http://www.casal-insane.blogspot.com