As obras faraônicas do seu Abdalla

Tudo começou com o prédio laranja, ao lado do nosso. Mas tudo bem, quando cá chegamos a tal edificação já estava lá. Em construção. No início era tudo silencioso. Os pedreiros até pareciam que lá não estavam. Ledo engano...
Todo sábado, cedo, mas cedo mesmo (8h - para um sábado...), depois da minha sexta-feira laranja começavam com a mudança. Da oficina velha para a oficina nova. Que saco! Mudança sempre é barulhenta. Depois vieram os entulhos. E por fim, nesta etapa, o silêncio de novo. Então, meus sábados de sono e ressaca voltaram a ser o que eram: tranqüilos.

Numa bela manhã o barulho voltou a reinar. Era, agora, a obra na casa da Dona Fifi. O seu Abdalla estava reformando o casebre. Marteladas, marretadas, caminhos desgarregando brita, aquela coisa que mistura cimento, tudo fazendo sons incomôdos. E desta vez não era somente no sábado. Era de segunda a sábado. Então meus sábados de ressaca voltaram a ser incomodados, minhas quartas de escrita também entraram na roda, já que minha janela fica de frente para rua e, por conseqüência, de frente para a ex-casa da Dona Fifi, atual Abdalla. Enfim, dispenso o despertador porque meu relógio biológico atende ao meu comando mental. Acordo cedo todos os dias. Mas fico na cama, agora no inverno, pelo menos até às 8h30 agora, ou até quando o corpo aguenta.E, mesmo que ele não funcionasse, as obras faraônicas de seu Abdalla dariam conta do recado para mim.

Ah, mas a coisa não pára por aí não. Tem uma terceira obra. Isso aí. Ele está aumentando a sua casa também, que fica do lado esquerdo "da predinha" verde. Bem na janela do quarto da Silvitcha, que nada percebia quando o som vinha tudo para o meu. No início desta semana pensávamos que iria apenas trocar o telhado, que daqui de cima parecia estar bem conservado. Porém, o que ele vai fazer é adicionar mais um andar no seu lar, que já é de três pisos. Dá para entender para que tanta coisa assim? É só uma família, com cinco integrantes oficiais dentro. Porra! Lá em casa nós éramos em seis (minha tia Ica morou conosco por anos a fio) e convivíamos todos numa casa velha de dois quartos, sala e cozinha (o banheiro ficava na garagem). E a gente era feliz, hehehe. Já esses gulosos tem um prédio inacabado do lado direito, uma casa em reforma em frente e uma casa, grande, do lado esquerdo, qeu agora vai ganhar mais um andar.
Imaginem a sinfonia que faz tudo isso, tchê. É o fim da picada, de novo!
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