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O amor e as diferenças

Por email se recebe muita coisa. Material de divulgação, piadas, mensagens de afeto, solicitações, críticas, artigos, vírus, etc. Foi por meio de um correio eletrônico, que o artigo “O amor e as diferenças”, produzido pela psicanalista Denise Berman veio parar em “minhas mãos”.

Nesta semana, conversando com algumas pessoas de minha relação pessoal que comentaram comigo sobre determinados aspectos de seus relacionamentos afetivos, que me lembrei do material. Então, com a expectativa de poder transmitir a análise da psicanalista sobre o amor e suas diferenças, que apresento uma releitura do artigo.


Com base na formação única do ser humano, Denise faz uma reflexão sobre a singularidade de cada ser e o efeito que traz para a relação amorosa.



Para a psicanalista, o ser humano tende a extrair da realidade o que está mais perto do núcleo de cada e tende deixar de ver o que está longe dele, porque não interessa. Com isto e sob a questão do amor, ela provoca questões como: “Porque não nos apaixonamos por qualquer pessoa? Ao contrário, nos apaixonamos por poucos e certos tipos. E nem sempre o tipo por quem nos apaixonamos é a pessoa que nos traz felicidade. Apaixonamo-nos, porque algo naquele sujeito tocou algo do nosso núcleo enigmático. É o tal do quê, que é impossível de dizer porque encontramos em um indivíduo e não em outro”.


Denise segue desenvolvendo seu raciocínio afirmando que o ser humano é perfeitamente capaz de compartilhar idéias e sentimentos. Mas de alguma forma percebe que este núcleo de diferença radical o faz solitário em sua aventura pelo mundo. Então sonha em encontrar a alma gêmea. Aquele que poderá compartilhar tudo com ele. Que erradicará o seu sentimento de solidão, que o completará. É nesta aspiração que reside toda a aposta no amor e todos os problemas que o rodeiam.

“A pessoa amada apenas porta um ponto em si que toca algo do ponto enigmático do sujeito em questão. Todo o resto segue sendo diferença. É um equívoco comum querer que a pessoa amada entenda tudo, veja as coisas da mesma forma, sinta as coisas da mesma maneira.”



Por tudo isto, Denise explica que é muito importante observar as diferenças. Para ela, o sujeito pode fazer concessões, mas não pode abandonar o que o toca verdadeiramente para sempre, sem pagar um altíssimo preço por isto. É preciso, ter espaço e tolerância para as diferenças, principalmente quando se trata de amor, de um relacionamento afetivo.

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